Em nossa sociedade a palavra juventude adquiriu um termo muito largo, ambíguo e mal utilizado, a busca pela juventude eterna, com suas apelações de beleza eterna e felicidade é um desejo fruto de vaidade decorrente de um mundo onde aparecer, vale mais do que ser.
Formação

A juventude heroica

Em nossa sociedade a palavra juventude adquiriu um termo muito largo e mal utilizado, a busca pela juventude eterna, com suas apelações de beleza e felicidade é um desejo fruto de vaidade decorrente de um mundo onde aparecer, vale mais do que ser

Escrito por Paulo Teixeira

22 FEV 2019 - 10H28 (Atualizada em 26 AGO 2021 - 14H41)

Messagero di Santo Antonio

Por Claudia Varotti, Professora, Historiadora da Arte, Mestre em Ciências da Religião, pesquisadora sobre Arte Sacra

Em nossa sociedade a palavra juventude adquiriu um termo muito largo, ambíguo e mal utilizado, a busca pela juventude eterna, com suas apelações de beleza eterna e felicidade é um desejo fruto de vaidade decorrente de um mundo onde aparecer, vale mais do que ser.  

Essa triste e simples constatação nos leva a pensar, será que todo jovem é assim, vaidoso, fútil e sem olhar seriamente para o futuro?

Essa pergunta me ocorreu quando estive na Basílica de Santo Antônio, em Pádua. Estava pensando no que foi construído para a honra e glória de nosso Deus pelas mãos de São Francisco de Assis, um jovem que escolheu a vida de um humilde servo de Deus contrariando a sociedade de sua época onde poderia ser um cavaleiro e ter as honras do mundo, em minhas meditações sobre os jovens hoje, fiquei pensando as alternativas que teria ocorrido com o jovem Francisco no mundo de hoje, talvez os pais o levassem a um tratamento médico, acreditando que pílulas currassem seus “delírios “de servir a Deus, teriam enviado o jovem para um parente distante, para que conhecesse o mundo e assim perceber o que ele (Francisco) estaria a perder em seguir os valores cristãos, aí me lembrei de um jovem franciscano, o qual eu nunca havia ouvido falar, seu nome é Placido Cortese .

Ele foi um padre franciscano nascido nos primeiros anos do século XX, seguindo sua vocação iniciou seu noviciado e fez seus votos sacerdotais, levou uma vida consagrada a Deus, em sua juventude teve amigos italianos, mas também croatas.

Quando explode a segunda guerra mundial, muitos desses seus amigos croatas seriam mandados para os campos de concentração nazistas. Padre Placido era então responsável pela Revista Mensageiro de Santo Antônio em Pádua, com os recursos de gráfica e material, passou a confeccionar passaportes italianos para que croatas e também pessoas da Europa Central, os quais seriam enviados para os vários campos de concentração existentes, conseguissem fugir da opressão nazista.

Porém em 1944 foi descoberto e preso pelos soldados da SS nazista. Passou dias de imenso sofrimento, sendo continuamente torturado, chegando a ter sua língua arrancada, pois se negava a dizer quais eram seus protegidos, morreu em decorrência das torturas, é um mártir do século XX, juntamente com nosso amado São Maximiliano Kolbe o qual tão jovem, criança ainda, aceitou das mãos de Nossa Senhora as coroas vermelha e branca, martírio e santidade, e pelos relatos lidos, alegrou-se com a oferta assim como as compreendeu.

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