Cultura do nordeste

A cultura nordestina é muito rica e variada. Expressa-se, sobretudo, em danças e comidas típicas. Mas também a literatura e a religiosidade desta região revelam a sua riqueza. O nordeste é a região brasileira com mais estados. São nove.

O Brasil começou lá

O primeiro grupo de portugueses chegou em 1500 na Bahia.

Ali já viviam índios e entre eles ainda há o costume de dormir em redes, herdado por muitos nordestinos.

No nordeste também chegaram franceses com objetivo de colonizar a região. Em 1612 ocuparam o atual Maranhão e fundaram uma cidade em homenagem ao santo padroeiro da França, que tinha sido seu rei: São Luis, atual capital desse estado.

Em 1630, os holandeses também invadiram o nordeste a partir de Pernambuco. Por 14 anos, realizaram o comércio e deixaram marcas na arquitetura, que podem ser vistas até hoje na cidade do Recife.

Neste período, muitos judeus que fugiram de perseguições em Portugal foram protegidos pelos holandeses e fundaram no Recife a primeira sinagoga das Américas, em 1630.

Os africanos que chegaram como escravos deram grande contribuição à cultura. Um exemplo é o cuscuz, um alimento a base de fécula de milho que combina com ovo, leite e manteiga.

Literatura

No nordeste foram produzidas preciosidades da literatura.

O cearense José de Alencar escreveu O Guarani que retrata o índio como herói nacional.

Castro Alves, da Bahia, ficou conhecido como poeta dos escravos.

O paraibano José Lins do Rego descreveu em Fogo morto o declínio dos engenhos de cana-de-açúcar.

Jorge Amado contou a história de meninos abandonados de Salvador no livro Capitães de areia.

Graciliano Ramos, alagoano, escreveu em Vidas secas sobre o drama das pessoas que fugiam da seca.

Rachel de Queiroz, cearense, descreveu em sua obra O quinze a grande seca de 1915.

Ariano Suassuna, da Paraíba, escreveu contos e peças de teatro descontraídas e com linguagem acessível como O auto da compadecida e O santo e a porca.