A espiritualidade da Quinta-feira Santa é repleta de sentido. Neste dia, começa o Tríduo Pascal, a preparação para a grande celebração da Páscoa, a vitória de Jesus Cristo sobre a morte, o pecado e o sofrimento.
Este é o dia em que a Igreja celebra a instituição dos grandes sacramentos da Ordem e da Eucaristia. E na Milícia da Imaculada o Oratório Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe recebeu os fiéis para esta celebração tão rica na vida da Igreja de Cristo.
A Santa Missa foi presidida pelo reitor do Oratório, Frei Josemar Bertes Machado e concelebrada por Frei Diogo Luís Fuitem, ambos da Ordem dos Frades Menores Conventuais e teve início às 20h, contando com a participação de um grande número de pessoas, que, em comunhão celebraram o mistério da graça e do amor em Cristo Jesus.
Em sua homilia, Frei Josemar lembrou o significado do rito do lava pés, e destacou o chamado que nos faz a Campanha da Fraternidade deste ano: “A celebração desta noite não é um teatro e muito menos uma encenação. Ela tem que ser uma experiência real, uma memória do que aconteceu, porque lavar os pés não é simplesmente um gesto de uma tradição que se tinha no antigo testamento, é a capacidade de cuidar do outro. E o lema da campanha da fraternidade deste ano foi muito claro. Nós somos todos irmãos e irmãs à medida em que nós nos comprometemos ao cuidado”.
Frei Josemar também destacou o dom do serviço, que deve fazer parte da vida de todo cristão: “Todos nós aqui do Oratório, nós não estamos aqui para sermos vistos. Nós estamos aqui para o serviço. E o serviço, ele é duro. O serviço, ele é intenso, não tenso, é intenso. E quem se coloca a serviço da igreja tem que estar disposto, assim como o Senhor, tem que estar disposto a consumir-se. Não teria sentido nós cristãos reclamarmos de ter que lavar os pés uns dos outros. Não teria sentido nós cristãos que trabalhamos exatamente nesse grande serviço praticando evangelização”.
Após a homilia, o presidente da celebração deu início ao rito do lava pés, fazendo memória ao que Jesus fez na última Ceia. O Senhor lavou os pés dos discípulos, gesto marcante, que era realizado pelos servos, para mostrar que, no seu Reino, “o último será o primeiro”, e que o cristão deve ter como meta servir e não ser servido.
Frei Josemar apresentou uma proposta diferente no rito, incentivando a comunhão, a solidariedade e o serviço junto aos colaboradores e voluntários da Milícia da Imaculada. Ele convidou 24 pessoas que desenvolvem diferentes atividades na MI das quais 12 teriam seus pés lavados, fazendo memória dos apóstolos e as outras 12 receberam uma toalha para secar os pés destes. As duplas receberam a missão de agendar um encontro durante o tempo pascal para partilhar um momento de refeição, de oração e de partilha.
A Instituição da eucaristia celebrada na noite da Quinta-feira Santa demonstra o grande amor de Deus por nós, doando-se no pão e no vinho. A fim de reviver este mistério, os fiéis presentes no Oratório puderam comungar em duas espécies: o corpo e o sangue do Senhor foram oferecidos como alimento que sacia nossa sede de Deus e alimenta nossa alma.
A Quinta-feira Santa traz para os cristãos uma liturgia muito rica e bela, no entanto, ela também antecede um dos momentos mais sofridos para os cristãos, pois é quando Jesus é retirado do sacrário, e o altar é desnudado. E assim se fez. Após a celebração da Santa missa, Jesus Eucarístico foi retirado do Oratório e o altar desnudado. Houve um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, a assembleia silenciou-se, recordando as últimas horas antes da Paixão e Morte do Senhor.
Como a celebração não foi encerrada, não houve bênção final. A continuação do Tríduo acontece nesta Sexta Santa, com a Celebração da Paixão e Morte do Senhor Jesus, às 15h, no Oratório Imaculada Conceição e São Maximiliano Kolbe, na sede da Milícia da Imaculada em São Bernardo do Campo SP.
Confira como foi a celebração:
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