Por Ana Carolina Sofiati Em Colaborador Atualizada em 09 MAR 2021 - 15H24

Ser mulher

Sexo frágil ou guerreira?




Creio que é importante falarmos sobre a necessidade de sermos cada vez mais independentes emocionalmente. Então, acredito que hoje o desafio maior para mim é constatar que, na realidade, está difícil ser mulher neste século. Não desmerecendo os séculos anteriores, é claro, sei que o público feminino já conquistou muita coisa boa ao longo dos anos.

As jornadas das mulheres são longas. Em geral acordam cedo mesmo em homeoffice. Antes do trabalho profissional, dão aquela ajeitadinha na casa, põem roupa para lavar e dão uma "ronda" para ver se tem algo fora do lugar. Ao assistir o noticiário, uma mãe se preocupa com os filhos e o marido, e outros familiares. Não se esquece de ninguém, nunca. Lembro de uma médica que falou do curioso fato de que raramente consultas pediátricas são desmarcadas, porque as mães não adiam por nada a consulta dos filhos; já quando a consulta é para ela, desmarca até porque não conseguiu alguém para buscar o filho na escola.

Em geral as mulheres fazem caminhadas e exercícios não só para relaxar e cuidar da saúde, mas também com a pressão de ter um corpo que caiba nas roupas, fotos e redes sociais. Às vezes as mulheres têm como meta alcançar um peso de dez anos atrás. Existem muitas pressões sobre as mulheres. Fazer, produzir, ser iguais aos homens, estudar um pouco mais, cuidar de si e dos outros.

Por tudo isso, entendo que ser mulher neste século exige de nós quase que uma perfeição que não existe, que nunca será alcançada, que sempre exigirá mais e mais, e mais ainda e mais. Afinal, passamos do sexo frágil para o sexo forte, a guerreira que dá conta de tudo, que não precisa de ajuda, que consegue fazer tudo ao mesmo tempo e tem por obrigação nunca se cansar. Será?

Escrito por
Ana Carolina Sofiati
Ana Carolina Sofiati

Ana Carolina Solfiati é formada em Serviço Social. Especializada em gestão de projetos sociais e produtora de conteúdo para redes sociais. Com desejo de fazer o bem a mais pessoas, atua diretamente no projeto "Essa tal terapia" que leva esclarecimentos básicos sobre psicologia e autoconhecimento.

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