Acender a vela do primeiro amor

Frei Pacífico, OFM Conv. presidiu nesta quinta-feira (03) a Celebração da Palavra no Oratório Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Fl 3,3-8a) e o Evangelho do dia (Lc 15,1-10).

Na reflexão sobre as leituras, o frade destaca que a liturgia de hoje é conhecida também como a Liturgia dos Perdidos. “O Evangelho apresenta a parábola do filho pródigo, do filho que estava perdido e foi reencontrado. Ele é muito importante para nós milites, freis, padres e religiosos, porque conforme o passar do tempo podemos nos esquecer do nosso primeiro amor. Daquele impulso que tivermos quando encontramos o Senhor que mudou nossas vidas e nos deixando levar pelas rotinas, pelo cansaço e perdendo parte deste grande tesouro que foi para nós o encontro com Nosso Senhor Jesus Cristo”.

O frei também comentou sobre a parábola da mulher e das moedas destacando que “ela tomou atitudes extremamente importantes que aquecem o nosso coração no amor do Senhor. Lembro que o meu Mestre de Noviciado sempre dizia que ‘devemos manter acesa em nós a lareira da afeição, do se sentir próximo, carinhoso, amoroso com a palavra de Deus’. O evangelho não é uma Palavra ou um texto, mas sim uma pessoa, Jesus Cristo. Uma das atitudes que nós devemos realizar na nossa vida é acender as luzes. Em meio a rotinas, cansaços e turbulências as coisas tendem a se escurecer, a cair em comodismo e isto nós não podemos deixar acontecer. Devemos constantemente acender a luz de Cristo em nós. Outra atitude que a mulher da parábola realiza é varrer cuidadosamente. Muitas vezes, ao longo do dia a dia, deixamos entrar em nossa vida ‘tralhas’ e isso amontoa o nosso coração com coisas que não fazem parte do Evangelho nem do Senhor, e vamos esquecendo aquilo que é mais importante e essencial para nós: a busca pela pessoa de Jesus Cristo”.

“Essa é a atitude desta mulher que busca atentamente a moeda, procura restabelecer essa Plenitude com Deus. Quando nos encontramos e restabelecemos este vínculo com o Senhor nós nos alegramos. Muitas vezes podemos acabar nos gloriando de coisas que não são do Evangelho”.

O frade finaliza enfatizando que o primeiro amor é a vontade de ter o Senhor perto de nós. “Temos que aquecer o coração em Deus, que possamos, nesta manhã fria aqui em São Bernardo do Campo, aquecer o nosso ser no coração de Nosso Senhor. Amém”.

Transcrição Maria Paula Maximo