A Santa Missa

Deus quer que confiemos na Tua presença

Na Santa Missa desta sexta-feira (29), Padre Eduardo meditou sobre na confiança que devemos ter na presença de Deus em nossas vidas

Escrito por Espiritualidade

29 ABR 2022 - 10H14

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O Padre Eduardo Sá Telles (MIPK.) presidiu hoje a Santa Missa, no Oratório Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (At 1, 1-11) e o Evangelho de hoje (Lu 24, 46-53).

Em sua homília, Padre Eduardo destaca que neste tempo que estamos vivendo, a Igreja nos traz na primeira leitura os relatos do início da missão dos apóstolos; de anunciar o Reino de Deus, dar continuidade a missão do Cristo. Eles foram presos, perseguidos e a Igreja de Cristo se iniciou por meio do sofrimento, e permanece sendo perseguida e ridicularizada.

Diante de tudo o que acontecia, os discípulos não obedeciam aos homens, quanto mais eles anunciavam o Cristo, mais pessoas acolhiam a mensagem e tornavam-se cristãos.

O capítulo se inicia com o relato da multiplicação dos pães na região de Tiberíades, uma região pagã. Uma multidão acompanhava Jesus há dias, então Ele assenta e pergunta aos seus discípulos como dariam pão aquele povo.

Aqui vemos a necessidade da fé, de confiarmos na providência de Deus a partir dos recursos que nós temos. Aqui vemos claramente a visão e instituição da Igreja. Se nós, padres, bispos e religiosos que temos que dar ao povo o alimento necessário, vemos que nossos recursos são pequenos e nos colocamos na situação de querer ter coisas para dar, fazemos campanhas e assumimos como uma grande responsabilidade dar isso ao povo.

Portanto, muitas vezes nós não confiamos que Deus está conosco, na Igreja, que Jesus está conosco. Vemos que Jesus põe a prova os próprios discípulos, nem duzentas moedas de pratas bastariam. Quantas vezes nós queremos confiar na nossa força, valores, recursos e vemos que não temos muito? O que é isso para tantas pessoas que nos procuram? Durante a pandemia, quantas pessoas procuraram a Igreja? E como resposta, a Igreja dizia que o que temos é apenas isso. Quantas vezes nós confiamos nos cinco pães e dois peixes que tínhamos? Quando nós confiamos em Deus, Ele vê o nosso esforço e recurso. Nós confiamos e acolhemos, e percebemos como foi possível dar de comer a tantas pessoas.

Neste tempo pandêmico as igrejas fizeram cestas, alimentos e marmitex, tantas pessoas apareceram e no final do dia pensamos, como pudemos dar tanto alimento para essas pessoas? Pensamos que nós conseguimos, que pessoas ajudaram, fizeram campanha, mas será que não foi Deus que ajudou multiplicando aquilo que nós tínhamos?

Às vezes, nós não queremos confiar que aquele recurso que temos é necessário para alimentar este povo. É isso que Jesus, o Cristo Ressuscitado, quer neste tempo Pascal.

Às vezes pensamos porque Deus nãos nos ajuda, mas Deus quer que nós confiemos inteiramente na Tua presença na Igreja. É Ele que faz agir, que multiplica, não apenas no material, mas no espiritual, uma ação divina que vem até nós.

É isso que a liturgia de hoje quer nos dizer. Jesus é esse pão que nos alimenta e dá vida ao mundo, Ele está presente, e a Igreja é a Instituição que acolhe a tantos que vem atrás de algo para comer.

Hoje a ideia é fazer marketing, campanhas, não temos recursos, mas Deus dá, Ele vê o nosso esforço. Por isso, olhando hoje este evangelho da multiplicação, confiemos que na vida espiritual também é assim. Quantas pessoas se aproximam de você chorando e desesperadas e você pensa, o que eu posso dar para ela?

Só o fato de você escutar, dar uma palavra, é Deus que te dá e te inspira! Ele que multiplicou algo que você achou que não tinha e Ele te deu. Por isso, meus irmãos, vamos pedir a Deus essa graça, de olharmos para a nossa vida e nossa história.

Hoje também fazemos memória de Santa Catarina de Sena, uma doutora da Igreja, uma jovem mulher nascida na cidade de Sena que vivia uma espiritualidade muito profunda com Deus.

Ela não levou uma vida consagrada, mas a sua vida leiga e virginal se consagrou inteiramente a Deus, no trabalho e na dedicação do serviço doméstico. Viveu uma vida inteira para Ele, e isso fez com que ela escrevesse muitas cartas, não para o povo, mas para a própria Igreja.

Por meio de suas cartas, tantos padres, bispos e até mesmo Papas se converteram. Ela escrevia nos momentos mais difíceis da Igreja, e quando ela morreu, disse que tinha feito tudo por amor à sua Igreja, e de fato, ela amou muito a Igreja de Cristo. Por isso ela, inspirada por Deus, escrevia coisas belíssimas, que levaram tantos padres a se converterem.

Que possamos pedir hoje a intercessão de Catarina, para que sejamos a exemplo dela, testemunhos do Cristo, da Igreja, de uma vida nova renovada através do Batismo, através desse tempo pascal. Que Catarina interceda por nós junto a Jesus, pela nossa Igreja e pelo povo. Que assim seja, amém.

Transcrição Mariana Costa

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