O Frei Sebastião Benito Quaglio (OFMConv) presidiu hoje a Santa Missa, no Santuário Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Gn 17,1.9-10.15-22) e o Evangelho de hoje (Mt 8,1-4).
Frei Sebastião destaca em sua homília que o leproso era alguém afastado da sociedade e colocado fora da cidade para não contagiar os outros com a sua doença. Ele era chamado de impuro, por isso quem o tocava também se tornaria impuro.
Podemos imaginar, que solidão e situação terrível. O leproso que Jesus se aproximou, disse: “se quiser podes me curar”. Jesus tocou nele e respondeu “eu quero”. Depois mandou que se apresentasse curado ao sacerdote, para que fosse reintegrado na sociedade.
A solidão e a rejeição dever ser a coisa mais horrível. Isso ainda existe, pois nos fechamos com medo. Também nessa pandemia as pessoas têm que ficar isolados. Mesmo assim não devemos nos fechar e esquecer os outros. As pessoas estão aí esperando uma esmola de amor, de carinho e de atenção.
O próprio Deus deu uma lição muito grande. Ele anda conosco nesses dias, nos acolhe, nos ama e na Eucaristia faz parte de nós. Temos que nos abrir um pouco mais com os outros.
Hoje temos muitas maneiras de fazer isso, por meio do celular, dar uma palavrinha, quebrar a solidão de tanta gente, mesmo à distância, como se fosse apertar a mão. Se pudéssemos quebrar as barreiras que tornam as pessoas ilhadas, seria um milagre.
Todos nós estamos precisando de ternura, não tanto o amor, que é exigente, mas da nossa ternura, um amor que não espera nada em troca. Nós temos sede de ternura, sentir que somos amados, acolhidos e protegidos.
Ninguém, nem o Papa, nem a pessoas mais importantes do mundo podem viver ser a ternura. Somos como crianças carentes de afeto nesse sentido.
Vamos pensar nisso e ficarmos disponíveis para o acolhimento. Não vamos ter medo e ficar fechados em nosso mundinho. Jesus tocou aquele leproso e isso era proibido. Aquele homem rejeitado, afastado, se sentindo ser pego pela mão. Acho que sentiu a pessoa mais feliz do mundo, porque alguém o aceitou.
Será que nesse momento na nossa vida, nós podemos fazer alguma coisa? Sair do nosso isolamento, do nosso mundo e abrir a porta do cofre, no qual estamos guardados e olhar para os outros e sentir sentindo que não estamos sozinhos neste mundo. Somos uma família temos que nos amar e ser solidários. Temos que dar o que nós mesmos estamos precisando.
Transcrição Marta Romero
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