A Santa Missa

O Perdão de Assis

Na Santa Missa desta terça-feira (02), Frei Sebastião medita sobre o Perdão de Assis

Escrito por Frei Sebastião Benito Quaglio

02 AGO 2022 - 12H15 (Atualizada em 02 AGO 2022 - 13H13)

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O Frei Sebastião Benito Quaglio (OFMConv.) presidiu hoje a Santa Missa, no Oratório Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Jr 30,1-2.12-15.18-22) e o Evangelho de hoje (Mt 14,22-36).

Frei Sebastião, em sua homília, destaca que Jesus teve compaixão da multidão que o acompanhava, fez o milagre da multiplicação dos pães, depois teve um gesto carinhoso de se despedir enquanto mandou os apóstolos irem do outro lado do lago e ainda teve tempo de rezar.

Em seguida foi atravessar o lago caminhando sobre as águas. Os apóstolos viram aquela imagem e assustados, acharam que era um fantasma. Jesus acalmando-os disse: “Sou eu! Não tenhais medo”. Pedro disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao seu encontro andando sobre as águas”. Pedro foi corajoso, no início, mas depois ficou com medo e começou afundar. Então, Jesus deu-lhe uma bronca.

Tudo isso mostra que Jesus quer toda a nossa confiança. A barca com Jesus foi tranquilamente até o outro lado do lago. Vemos um grande dinamismo na vida de Jesus. Todos se sentiam acolhidos por Ele. Os doentes e os abandonados O procuravam porque Ele se mostrava amoroso e curava a todos.

É bom sentir que alguém nos acolhe. A religião não é uma fuga, não é uma hipnose, é a descoberta do verdadeiro sentido da nossa existência, dando o rumo cristão para a nossa vida. Gosto de lembrar que Deus nos escolheu antes da criação do mundo, para sermos seus filhos em Jesus Cristo para o louvor da sua glória. Somos filhos, somos irmãos e a nossa meta é a vivência eterna com Deus.

Hoje temos Nossa Senhora do Anjos, chamado Dia do Perdão de Assis. Deus oferece ao mundo, a acolhida e a misericórdia. São Francisco conseguiu junto ao Papa, que as famosas indulgências, forem realizadas também na Porciúncula, uma pequena igreja.

As peregrinações para indulgência, isto é, o perdão dos pecados, só eram permitidas na Terra Santa, na visita ao Santo Sepulcro, em Santiago de Compostela e no sepulcro de São Pedro em Roma.

Por isso que, como Roma era a meta mais procurada, essa peregrinação passou a ser denominada romaria. Esse termo é aplicado a vários outros santuários. Ir em romaria para algum lugar é um sinal, de ida, de andar, de repensar, de meditação e de arrependimento.

A indulgência plenária é o perdão de todos os pecados e remissão das penas devido os pecados, que também é livramento do purgatório. São Francisco de Assis teve uma visão de Nossa Senhora rodeada de Anjos, e também com Jesus Cristo e perguntou a Ele porque estava chorando.

Francisco disse que gostaria que todos que se arrependessem dos seus pecados tivessem o perdão total. Ele queria praticamente que nessa igrejinha, a Porciúncula, fosse oferecida a indulgência plenária a todos.

Jesus falou a Francisco que deveria pedir isso para a Sua mãe. Então ele fez isso, e Nossa Senhora pediu a Jesus, que pediu a Francisco que fosse fazer o pedido também ao Papa.

Francisco obedeceu e o Papa acabou concedendo a ele esse privilégio. Esse lugar se tornou o quarto lugar do mundo que concede a indulgência plenária que consiste em participar da Santa Missa, arrepender-se dos pecados, confessar, visitar a Porcíuncula, a comungar e fazer a oração para o Papa.

Depois esse privilégio foi concedido a todas as igrejas no mundo. A confissão pode ser feita antes ou depois da data do perdão de Assis, de acordo com a possibilidade de cada local.

O importante é saber que Deus é misericórdia, a palavra misericórdia, quer dizer dentro do coração, córdis, em latim é coração, misericórdia não é somente compaixão, mas é colocar a pessoa dentro do coração. Deus sempre perdoa e para sempre!

Transcrição Marta Romero

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