O Frei Gilson Miguel Nunes (OFMConv.) presidiu hoje a Santa Missa, no Santuário Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Is 1,10.16-20) e o Evangelho de hoje (Mt 23,1-12).
Em sua homília, Frei Gilson destaca que o jejum, a mortificação e o sacrifício que agradam a Deus são um coração compassivo e uma conversão que brota da interioridade do coração. Jesus reprova nos fariseus, não as coisas boas que eles ensinam: a lei, o temor a Deus.
O Filho de Deus censura os fariseus pela sua hipocrisia. Ensinar o que não vivem; colocar peso nas costas dos outros, que nem eles mesmos carregam. Nessa Quaresma, nós aprendemos com Maria, a escuta amorosa da Palavra, mas uma escuta que passa da razão, das ideias e dos conceitos para o coração.
Tudo aquilo que for incoerente com a justiça de Deus precisa ser mudado e renovado. Ter a coragem de percorrer nossos desertos, sem esquecermos dos momentos de manifestação do amor de Deus. Somente com a luz de Jesus transfigurado podemos ter um olhar amoroso para nossa vida.
Foi esse olhar que São Maximiliano teve naquela cela do bunker da fome no campo de concentração; e foi esse olhar que permitiu a ele permanecer fiel ao seu ideal de conquistar a todos a Cristo pela Imaculada até o fim.
Ele não morreu, ele entregou a vida. Esse caminho de conversão constante chamado penitência que, muito mais que tristeza, muito mais do que um rosto sombrio, é um coração alegre de quem busca cada vez mais identificar-se com o amado, Jesus.
A quaresma nos coloca nesse caminho de solidariedade e de entrega da vida. O começo da conversão é o reconhecimento da própria fraqueza.
Buscar sinceramente a Deus significa olhar para nós mesmos e termos a coragem de nomear e dizer quais são nossos vícios capitais, nossas trevas, nossas sombras e hipocrisias. Onde estaria eu se não fosse à misericórdia de Deus? Quem seria eu sem a graça Dele?
Peçamos a Imaculada a graça da autenticidade de um coração verdadeiro e sincero. Que ela nos conduza pela mão, nessa liberdade interior, para que a cada dia, nós saibamos entregar a nossa vida, como Jesus se entrega em cada Eucaristia. A Imaculada nos tome pela mão e São Maximiliano nos ensine a entregar a vida por amor.
Transcrição Marta Romero
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