Em alguns ambientes de nosso mundo, tão marcado pela técnica, no meio de uma época racionalista e científica, em uma sociedade que mede o valor e a importância de cada um com base em seus atos, uma aspiração diferente desbrava o próprio caminho e adquire direito de cidadania: a nostalgia e a fome de espaços livres nos quais alguém possa recolher-se e meditar.
Percebe-se novamente uma exigência de “silêncio contemplativo”. Pode-se perceber, de maneira confusa, mas profundamente sentida, que o homem, com seu ativismo orientado unicamente para fins utilitaristas e para o sucesso, corre o risco de perder-se e, de uma forma ou de outra, põe evidentemente em questão a integridade do ser humano. Procura-se de novo o “princípio da fecundidade contemplativa”. O que as nossas Igrejas e o cristianismo, experimentado cotidianamente, parecem oferecer apenas de maneira insuficiente, é procurado por muitos indivíduos nas filosofias e religiões orientais, que com frequência chegam ao homem ocidental sedento de soluções e cheio de problemas.
O Rosário é uma forma de oração excelente de exercitar-se na meditação contemplativa. É uma oração em que as forças do espírito e da alma se reúnem em torno da pessoa do Redentor e a Ele aderem para revitalizar o seu fascínio.
O que à primeira vista pode parecer monotonia mecânica e “produção em série”, aos olhos do orante revela-se um meio para concentrar todas as energias psíquicas e espirituais, todas as faculdades racionais e irracionais do homem.
As práticas e os métodos de meditação não-cristãos dizem-nos que o homem pode ser reconduzido da dispersão exterior à reflexão, à interioridade e ao recolhimento com a ajuda da repetição contínua e aparentemente monótona de uma palavra ou de uma frase. Uma única e mesma palavra, uma única e mesma frase continuamente repetidas, tornam-se veículo de recolhimento e da concentração psíquica e espiritual.
Ao mesmo tempo, também a oração do Rosário, com seu ritmo bem articulado, possui a capacidade de separar o orante do mundo exterior sensível e guia-lo para o silêncio, o recolhimento e a “simplicidade do coração”. Que o indivíduo recorra ao esquema orgânico e fixo de uma oração continuamente repetida não é necessariamente uma coisa de que deva envergonhar-se. Pelo contrário, agindo desta forma, o orante manifesta significativamente a sua pobreza e impotência na busca do mistério, de cuja energia e de cujo centro vive o homem. Portanto, a coisa decisiva é que esta oração, por assim dizer, toma pela mão o orante na sua fraqueza, o sustenta na sua pobreza e, por fim, lhe revela o centro de sua vida de fé.
O Papa Paulo VI falava muitas vezes da “riqueza e variedade” da oração do rosário, que devemos descobrir e aproveitar. Oração individual ou oração comunitária, nunca deixa de dar múltiplos frutos.
No curso dos séculos foram ditas coisas grandes e sublimes, profundas e instrutivas sobre a oração do Rosário, mas as palavras não estão em condições de exprimir adequadamente aquilo que no fundo move o orante. Para compreender realmente a natureza desta oração e experimentar a sua bênção, existe apenas um caminho: aproximar-se dela e rezá-la!
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