Os quatro Evangelhos não são versões diferentes sobre os gestos e palavras de Jesus, mas são redações diferentes sobre como cada comunidade vivenciava o ensinamento de Jesus. Não há contradições, não há divergências, mas o fato é que as comunidades faziam e fazem experiências do mesmo Jesus em contextos diferentes.
Os Evangelhos também não são biografias, embora contenham muitas informações e datas, mas são reflexões. Marcos, por exemplo, é uma espécie de catecismo, já João, uma reflexão espiritual.
Vimos no mês anterior sobre o Pai-Nosso em Mateus e Marcos. Agora, vamos ver em Lucas, no capítulo 11, com as suas particularidades. Como nos outros dois Evangelhos, é o exemplo de Jesus que faz com que os discípulos peçam a Jesus que os ensine um modelo de oração.
Jesus ensina logo uma fórmula de oração. As principais diferenças são que não há a palavra nosso após a invocação ao Pai. Não há as petições para ser feita a Vontade do Pai e nem o pedido para o livramento do mal.
Percebemos que o que orienta toda a oração é a invocação do Pai. No Antigo Testamento, somente aos reis era consentido chamar Deus de Pai. Mas Jesus propõe uma nova relação dos indivíduos com Deus. Jesus insiste no respeito ao nome de Deus e invoca o Seu reinado no sentido de que seja Ele a reger a história, a ter a soberania sobre os homens.
Quando se pede o pão de cada dia, algumas variações antigas desse trecho pedem: que o Espírito Santo venha sobre nós e nos purifique. Nossas Bíblias trazem sempre o pedido pelo pão de cada dia, mas esta variação reforça o fato de que este pão que Jesus ensinou a pedir é compreendido pelos cristãos como o alimento material e espiritual, os dois juntos.
Enquanto o texto de Mateus fala de dívidas, Lucas fala de pecados. A súplica pelo perdão é um pedido para viver na dinâmica de amor e gratuidade de Deus.
Sobre cair em tentação, possivelmente, para a comunidade de Lucas era o afastamento ou negação da fé. Deus não conduz à tentação, mas permite que sejamos tentados para pôr a fé à prova, como com Jesus no deserto. A súplica que conclui o modelo de oração ensinado por Jesus é para permanecer no caminho da fé.
O mais interessante é que, em Lucas, Jesus ensina a rezar com o modelo que conhecemos como Pai-Nosso e com Suas costumeiras parábolas e uma exortação com exemplos. Na sequência do capítulo 11, Jesus fala do vizinho que vai bater na porta à noite e mostra a importância da oração insistente. Depois, segue com a orientação de que quem pede recebe. E conclui dizendo que o Pai dará o Espírito Santo.
O maior dom que o cristão pode pedir e receber é o Espírito Santo e a vida divina em si. Não é algo automático, nem milagroso, mas advém de uma insistência e abertura.
Leia MaisO que está por trás da oração que Jesus ensinou? Quem são os profetas?O Espírito Santo de Jesus Nasceu a verdadeira alegriaJesus nos ensina a rezar com a confiança de que receberemos e com insistência. Num primeiro momento, parece que para quem confia não precisa insistir tanto. Mas a graça de Deus, repetindo, não é automática como uma máquina, mas é um caminho de abertura da pessoa que crê à ação de Deus.
Insistir para Deus abrir a porta é, ao mesmo tempo, uma forma de abrir a porta do coração para Deus entrar.
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