Por Frei Sebastião Benito Quaglio Em Nossa Senhora

A consagração a Nossa Senhora na Milícia Da Imaculada

Um compromisso missionário

Arquivo MI
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Fundada por São Maximiliano Kolbe, em 16 de outubro de 1917, em Roma, a Milícia da Imaculada é um dom do Espírito Santo à Igreja, sua esposa; um fermento de vida que abriu novos horizontes a fé católica, abrindo-a corajosamente rumo a novas conquistas e, sobretudo, impulsionando-a rumo a novas estradas para a evangelização dos povos. Uma preciosa herança espiritual que São Maximiliano deixou à ordem franciscana e a todos os cristãos.

Viver e comunicar Maria no espírito da MI significa viver e anunciar o Evangelho, saber se projetar além dos medos e das angústias terrenas, colaborando com aquela que prove com sabedoria e bondade a todas as nossas reais e urgentes necessidades.

Aquilo que logo deixa admirado quem se aproxima pela primeira vez da MI e a clareza do Ideal: Maria, a Imaculada, Mãe de Deus e dos homens, que, como afirma Paulo VI, constitui o ponto focal da teologia, da espiritualidade e do apostolado de Kolbe e portanto, do movimento. Assim aparece claramente na vida e nos escritos do santo fundador; assim na experiência mais genuína de tantos homens e mulheres que vivem o seu espírito ainda hoje.

Mas, como pode Maria continuar a desenvolver esta missão? Como pode obter a vitória sobre o mal, sobre o erro, o pecado, a mentira, e salvar o homem relembrando-o continuamente da sua dignidade e grandeza? “A Imaculada procura a envolver-nos nesta atividade” afirmava Kolbe. Entregando-se e consagrando-se a Ela, para colaborar com Ela, que está plenamente em sintonia com a Vontade de Deus.

Divulgação
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O que é a Milícia da Imaculada?

Escrito de São Maximiliano Kolbe 1328

São Maximiliano Kolbe nos explica o que é essa obra de amor. “Nos anos anteriores à guerra, na capital do cristianismo, em Roma, a máfia maçônica, reiteradamente reprovada pelos Pontífices, comandava da maneira sempre mais descarada. Durante as celebrações em honra de Jordano Bruno, não renunciou em levar pelas ruas da cidade um estandarte negro com a figura de São Miguel Arcanjo debaixo dos pés de Lúcifer, nem em agitar bandeiras maçônicas diante das janelas do Vaticano.

Uma mão inconsciente não teve medo nem de escrever: “Satanás governará no Vaticano e o Papa o servira com o uniforme da guarda suíça” e outras coisas semelhantes.

Numa situação tão deplorável chegaram a encontrar-se algumas almas afastadas de Deus(...)

Para estender a mão a tantas almas infelizes, para consolidar no bem os corações inocentes, para ajudar todos a aproximaram-se da Imaculada, a Medianeira de todas as graças, surge em 1917, em Roma, no Colégio Internacional dos Frades Menores Conventuais (Padres Franciscanos), a Milícia da Imaculada(...) Na reunião de 16 de outubro, o número de membros chegou a sete.

Nesta reunião, a portas fechadas, diante de uma pequena imagem da Imaculada, a cujos pés ardiam duas velas, foi discutido um pequeno programa, contendo os pontos mais importantes da associação; contava-se com o conforto da promessa do Padre Alexandre Basile, SJ, de informar sobre o nascimento da Associação o Santo Padre (Bento XV ), do qual era confessor(...) No ano de 1918 surgiu a febre espanhola, que ceifou literalmente vidas humanas. Precisamente dois dos sete membros transferiram-se para a eternidade, com evidentes sinais de eleição. Estes foram: Padre Antonio Maria Głowinski, da província religiosa da Romênia, e o clérigo Frei Antonio Maria Mansi, da Província de Nápoles(...)

O Santo Padre mandou sua benção, através do arcebispo Dom Domingos Jaquet, enquanto o Reverendo Padre Geral da Ordem [Domingos Tavani] concedeu uma benção escrita e impulsionou o desenvolvimento da Associação. Desde aquele momento também o numero de membros começou a crescer continuamente.

Em 2 de janeiro de 1922, o Cardeal Basílio Pompilj, Vigário de Roma, erigiu canonicamente a Milícia da Imaculada no Colégio com estas palavras do decreto: “Com o vivo desejo de que a devoção a Virgem Santíssima se estenda em todo lugar, com a nossa autoridade instituímos canonicamente a pia associação chamada ‘Pia União da Milícia de Maria Imaculada’, na capela do Colégio Seráfico dos Frades Menores Conventuais em Roma e aprovamos o que foi instituído’”.

Escrito por
Frei Sebastião (Arquivo MI)
Frei Sebastião Benito Quaglio

Frei Sebastião Benito Quaglio nasceu em 20 de julho de 1938, em Lendinara, no norte da Itália. Recebeu o nome de batismo Benito Quaglio e, quando emitiu os votos religiosos na Basílica de Santo Antônio (Padova), em 1958, recebeu o nome do mártir São Sebastião. O desejo de evangelizar com Nossa Senhora através dos meios de comunicação sempre permeou sua vida e foi na obra de São Maximiliano Kolbe que ele encontrou um ideal a ser seguido: conquistar o mundo inteiro a Cristo pela Imaculada!

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