São Maximiliano Kolbe

Quem somos?

São Maximiliano Kolbe viveu, trabalhou e sofreu bastante e no final da vida foi questionado sobre quem era

Paulo Teixeira

Escrito por Paulo Teixeira

03 AGO 2020 - 00H00 (Atualizada em 12 JAN 2021 - 17H41)

Arquivo MI
Arquivo MI
São Maximiliano Kolbe, mártir da caridade


A obra de São Maximiliano Kolbe, a Milícia da Imaculada, estava se difundindo bem pelo mundo e a Cidade da Imaculada Polonesa desenvolvia intensa atividade para o fomento da vida espiritual e também desenvolvia amplo serviço de comunicação por meio da imprensa. São Maximiliano Kolbe não tinha ainda 50 anos e via as centenas de frades trabalhando arduamente pela causa da Imaculada.

Mas no primeiro dia de setembro de 1939, a Alemanha invade a Polônia. Foi questões de dias até que os alemães levassem São Maximiliano, vestissem o uniforme de prisioneiro e colocassem em seu peito uma letra P indicando que era preso político devido sua atuação na imprensa.

No dia 8 de dezembro, depois de passar por três campos de concentração, foi libertado com seus 35 confrades. No ano seguinte, a Milícia da Imaculada se dedicou a acolher os refugiados da guerra. Em novembro de 1940, foi permitida publicação de uma edição da revista Cavaleiro da Imaculada para o mês de dezembro e janeiro. O editorial de São Maximiliano Kolbe se intitulava “A verdade”. Isso o levou de forma definitiva à prisão.Leia MaisO Perdão de Assis Místico da Imaculada

No final de julho, um prisioneiro escapou do Campo de Concentração de Auschwitz e dez deveriam morrer de fome e de sede em represália. Após a escolha, um homem chorava pelos filhos e outro homem saiu da fila e pediu para trocar de lugar com ele. O comandante nazista pergunta quem era aquele louco. “Sou um sacerdote católico”, respondeu Kolbe que não disse seu nome, nem o número de prisioneiro que havia tatuado no antebraço. Misteriosamente, milagrosamente, assim se fez. O condenado Francisco Gajowniczek sobreviveu para viver com sua família e testemunhar o acontecido.

São Maximiliano Kolbe foi uma pessoa que concretizou seus sonhos. Quando chegou a dolorosa prova da guerra, ele foi resistência. Não fez concessões ou acordos com os nazistas embora diversos setores religiosos e da imprensa tivessem feito. Desprovido da possibilidade de imprimir jornais e revistas, dedicou-se ao acolhimento de quem mais sofria com a guerra recebendo, inclusive, muitos judeus.

São Maximiliano e os frades empenhados na MI não abdicaram da verdade, foram pessoas autênticas, franciscanos legítimos e militantes dignos da causa da Imaculada.

Na beatificação de Kolbe, em 1971, o Papa Paulo VI destacou a coerência de Kolbe ao se declarar sacerdote católico quando foi questionado quem era. Hoje, quando somos questionados nos perfis das redes sociais ou nas diversas relações da sociedade sobre quem somos, precisamos assumir nossa identidade religiosa também. Ser jovem católico, ser uma pessoa cristã, ser um membro engajado, ou ser uma pessoa em um caminho espiritual, não podem ser detalhes do fim de semana, mas fazer parte da essência da pessoa.

Escrito por
Paulo Teixeira
Paulo Teixeira

Jornalista formado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), atua como editor responsável das revistas O Mílite e Jovem Mílite há mais de quatro anos. É autor do livro "A comunicação na América Latina".

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Espiritualidade, em São Maximiliano Kolbe

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.