Por Vladimir Ribeiro Em Noticias

Aulas presenciais em São Paulo serão retomadas no dia 1º de fevereiro

Professores pedem que retorno ocorra após vacinação de profissionais

Divulgação
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Em um primeiro momento, volta ás aulas será apenas para professores


A prefeitura de São Paulo vai retomar as atividades presenciais nas escolas da rede municipal de ensino a partir do dia primeiro de fevereiro, somente com os professores para planejar o ano letivo. A partir do 15 será a vez dos estudantes.

Para os alunos a volta vai ser opcional, e cada escola vai ficar responsável por fazer o levantamento de quantos estudantes vão retomar as atividades presenciais.

As aulas serão em sistema de rodízio, com no máximo de 35% da ocupação. O número de aulas presenciais por aluno vai variar de escola para escola, de acordo com a adesão dos estudantes.

Nas unidades em que for maior o número de estudantes que retomarem as atividades presenciais, a escala de revezamento vai ser mais longa. Também vai ser montado um esquema híbrido: as crianças que não estiverem na escola vão ter acesso ao conteúdo pela internet. Já os turnos voltam a funcionar em horário normal, cinco horas por dia.

O secretário de Educação do município, Fernando Padula, explicou que todos os professores são obrigados a retomar as atividades presenciais. Só ficam de fora os que tiverem mais de 60 anos ou apresentarem alguma comorbidade.

O secretário listou uma série de medidas que foram tomadas para tentar reduzir os riscos. Entre elas, a reforma de 552 escolas.

Mas a decisão de retorno às aulas gerou apreensão entre os profissionais de educação. Eles dizem que as reformas nas escolas, como construção de muros ou obras nos telhados, já estavam programadas desde antes da pandemia e não alteraram questões mais importantes, como ventilação das salas de aula ou instalação de pias nos corredores ou portas nos banheiros. Lembram que alguns professores, ainda que fora do grupo de risco, moram com idosos ou pessoas com comorbidades e questionam como vai funcionar o sistema híbrido de ensino.

Cleiton Gomes da Silva, secretário geral do Sinpeem, o Sindicato dos Profissionais de Educação do Município de São Paulo, diz que a categoria tinha pedido uma reunião com a prefeitura para discutir a volta às aulas no dia 20 de janeiro. Agora eles tentam antecipar o encontro e, se isso não acontecer, os professores podem entrar em greve.

A principal reivindicação da categoria é justamente que as aulas só retornem quando a vacina estiver disponível.

O prefeito Bruno Covas prometeu enviar uma carta ao ministro da saúde, Eduardo Pazuello, pedindo que os profissionais de educação sejam priorizados no programa de vacinação contra Covid-19, mas por enquanto, eles estão fora da lista.

Alunos da Educação de Jovens de Adultos (EJA), não retomam as atividades presenciais.

As escolas da rede privada de ensino também estão autorizadas a retomar as atividades presenciais a partir do dia primeiro. Fica a critério de cada escola decidir se haverá um período de planejamento, como o da rede pública, ou se os estudantes voltam às salas de aula já a partir do dia primeiro de fevereiro.

Conforme o último inquérito sorológico feito pela prefeitura entre crianças e adolescentes em idade escolar, 16,5% delas testaram positivo para o coronavírus, e um quarto, 25%, viviam em casas com idosos.

O estudo não mostra quantos professores também moram em casas com pessoas com mais de 60 anos ou com comorbidades.

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