Por Núria Coelho Em Brasil

Violência doméstica: organizações divulgam canais de atendimento durante confinamento

Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher vai atender por e-mail e whatsapp

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Em 2018 foram registrados 71 feminicídios no estado e 288 tentativas de feminicídio


Ficar em casa é a principal recomendação para que as pessoas se mantenham seguras diante da pandemia de coronavírus. Mas as medidas de isolamento social tem preocupado autoridades e organizações com relação à segurança das mulheres.

De acordo com publicação feita pela ONU Mulheres para as Américas e o Caribe em contexto de emergência, o risco de violência contra meninas e mulheres aumenta por causa do crescimento das tensões dentro de casa. Além disso, as vítimas podem encontrar dificuldades para acessar serviços de ajuda ou para fugir de agressões.

A coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher, da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Flavia Nascimento, reforçou que mesmo com o atendimento presencial suspenso, as mulheres podem buscar ajuda pelo atendimento remoto, por e-mail ou whatsapp.

E os dados do último Dossiê Mulher elaborado pelo Instituto de Segurança Pública do Rio sustentam essas preocupações. Em 2018 foram registrados 71 feminicídios no estado e 288 tentativas de feminicídio. 62% das mortes ocorreram na residência da vítima e em 56% dos casos o companheiro ou ex-companheiro da vítima foi identificado como o autor.

O ISP também aponta que 61% das ameças e 65% das lesões corporais dolosas denunciadas por mulheres em 2018 foram enquadradas na Lei Maria da Penha. Organizações de Defesa das Mulheres, como a Casa das Mulheres Trabalhadoras, também temem que esses números aumentem na pandemia. Com atendimento presencial suspenso por causa do isolamento, a organização continua atendendo por telefone ou pela internet, além de ter lançado nesta semana, campanha nas redes sociais para informar que os serviços de proteção continuam funcionando.

A fundadora e coordenadora da Camtra, Eleuteria Amora, lamenta que a casa nunca tenha sido um lugar seguro para mulheres, mas reforça que as vítimas não estão sozinhas.

Durante o período de isolamento, o Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher está atendendo pelo e-mail "nudem.defensoriarj@gmail.com" ou pelo whatsapp no número (21) 972268267.

Já a Casa da Mulher Trabalhadora disponibilizou o número (21) 9963 0193 além de ter uma ferramenta na Internet com informações completas para ajudar a mulher a reconhecer a violência, seja física, sexual ou psicológica e a pedir ajuda. O endereço é www.camtra.org.br/defenda-se.

Fonte: Rádioagência Nacional

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