Nesta segunda-feira, dia 5, o Papa Francisco presidiu missa na Casa Santa Marta. Fazendo reflexão sobre o Evangelho de Lucas (Lc 14,12-14), ele condenou “o egoísmo do interesse”, e reforçou que a “gratuidade” pregada por Jesus “não é seletiva”.
“A rivalidade e a vanglória destroem os fundamentos das comunidades, semeando divisões e conflitos", explicou. "O ensinamento de Jesus é claro: não fazer as coisas por interesse, não escolher as próprias amizades com base na conveniência. Raciocinar somente com base na própria vantagem, de fato, é uma forma de egoísmo, de segregação e de interesse, enquanto a mensagem de Jesus é exatamente o contrário: a gratuidade, que alarga a vida, amplia o horizonte, porque é universal. Os seletivos são motivos de divisão e não favorecem a unanimidade de que fala São Paulo aos Filipenses, na primeira Leitura. Existem duas coisas que vão contra a unidade a rivalidade e a vanglória”, insistiu o Papa.
Ele ainda lembrou que também a fofoca nasce da rivalidade.
"Porque muitas pessoas sentem que não podem crescer, mas para se tornar mais altas, diminuem o outro com a fofoca. Um modo de destruir as pessoas. A rivalidade. E Paulo disse: Não. Na comunidade não existem rivalidades. A rivalidade é uma luta para destruir o outro. A rivalidade é ruim: pode-se fazer de maneira aberta, direta ou se pode fazer com luvas brancas; mas sempre para destruir o outro e elevar a si mesmo. E já que eu não posso ser assim virtuoso, assim bom, diminuo o outro, de modo que eu permaneço alto. A rivalidade é um caminho a este agir por interesse", disse.
Sobre a vanglória, o Pontífice também afirmou que tão prejudicial quanto, é quem se vangloria de ser superior aos outros.
"Isso destroi uma comunidade, destroi uma família também... Pensem na rivalidade entre os irmãos pela herança do pai, por exemplo: isso acontece todos os dias. Pensem na vanglória, naqueles que se vangloriam de ser melhores que os outros.
O cristão deve seguir o exemplo do Filho de Deus cultivando a gratuidade: fazer o bem sem se preocupar se os outros fazem o mesmo; semear unanimidade, abandonando rivalidades ou vanglória. Construir a paz com pequenos gestos significa traçar um caminho de concórdia em todo o mundo", ensinou.
Por fim, o Papa concluiu fazendo uma reflexão sobre os primeiros locais onde é preciso semear a Paz.
"Quando nós lemos as notícias das guerras, pensemos nas notícias da fome das crianças no Iêmen, fruto da guerra: está distante, crianças pobres... mas por que não têm o que comer? Mas, a mesma guerra se faz em nossas casas, nas nossas instituições com esta rivalidade: a guerra começa ali! E a paz deve ser feita ali: na família, nas instituições, no local de trabalho, buscando sempre a unanimidade e a concórdia e não o próprio interesse", finalizou.
Com informações do Vatican News.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.