Por Núria Coelho Em Mundo

ONU lança ferramenta com direitos dos cidadãos e novas leis sobre Covid-19

Objetivo é ajudar os Estados-membros a criar legislações que ajudem a conter o vírus e respeitem os direitos humanos; até esta quinta-feira (23), foram confirmados mais de 15 milhões de casos e quase 620 mil mortes

Divulgação
Divulgação
Países estão lidando de forma diferente com o uso de máscaras, alguns usando leis e outros recomendações


Agências da ONU lançaram na última quarta-feira (22), o Covid-19 Law Lab, uma ferramenta online com documentos legais de mais de 190 países que ajudam os Estados-membros a criar leis de combate à pandemia de Covid-19.

A iniciativa é compartilhada pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, a Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, Unaids, além da Universidade de Georgetown.

Orientações

Falando a jornalistas em Genebra, o chefe da Equipe de Sistemas Legais de Saúde da OMS, David Clarke, disse que a pandemia causou um grande aumento de ações legislativas.

Segundo David Clarke, a OMS “quer ajudar os países a entender melhor como podem legislar a sua resposta, fazendo um balanço entre comportamentos voluntários e casos em que legislação é necessária.”

Clarke deu o exemplo do uso de máscaras. Ele disse que com o novo recurso, “os países poderão perceber facilmente o que outras nações estão a fazer, que leis são apropriadas, se seguem as diretivas da OMS e respeitam os direitos humanos.”

Máscaras e quarentena

Uma pergunta sobre quarentena de pessoas que tiveram contato com pacientes, destacando como os países estão lidando de forma diferente com o tema foi respondida pelo diretor-executivo da OMS, Mike Ryan. Ele disse que este tipo de isolamento “é um ato de coragem” e contribui com a sociedade porque as pessoas têm uma probabilidade muito maior de estarem contaminadas.

Segundo Ryan, “é muito melhor quando alguém se submete à quarentena por opção, mas há casos em que governos tornaram isso obrigatório por lei.”

O especialista afirmou, no entanto, que “as orientações da OMS são claras e os Estados precisam respeitar os direitos humanos dos indivíduos e impedir que a quarentena represente um custo extra.”

Já a responsável da equipe técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, informou que a quarentena “continua sendo um dos elementos mais importantes para quebrar as cadeias de transmissão.”

Ela contou que a agência está atualizando as diretrizes sobre o tema, para publicar na próxima semana. O documento deixará de incluir a necessidade de um teste no final de período de 14 dias. Também existirão novas orientações focadas na quarentena em família.

União


Já o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou que o objetivo da Covid-19 Law Lab é “garantir que as leis protejam a saúde e o bem-estar de indivíduos e comunidades e que cumpram os padrões internacionais de direitos humanos.”

Para o chefe da agência, leis mal projetadas ou implementadas podem prejudicar populações marginalizadas, fortalecer o estigma e dificultar os esforços para acabar com a pandemia.

Tedros também respondeu a uma pergunta sobre críticas que têm sido feitas à OMS. O diretor-geral disse que “o foco da agência continua a ser salvar vidas” e seus funcionários não irão perder o foco.

Até a última quinta-feira (23), foram confirmados mais de 15 milhões de casos de Covid-19 e quase 620 mil mortes.

Fonte: ONU NEWS

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Núria Coelho, em Mundo

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.