Psicologia

Uma preocupação de todos

Diferentes dos homens, as mulheres atravessam grandes transformações ao longo da vida, o que requer um compromisso mais especial com a saúde.

Eduardo Galindo (Divulgação)

Escrito por Eduardo Galindo

18 OUT 2019 - 00H00 (Atualizada em 24 AGO 2021 - 13H30)

Marcos Santos USP Imagens

As pesquisas apontam que as mulheres vão mais ao médico do que os homens, elas têm uma esperança de vida de 79 anos e quatro meses, contra 72 anos e cinco meses para eles. Esta diferença também se deve pelas políticas de saúde que privilegiaram a gestação e a diminuição da mortalidade infantil. As mulheres desenvolveram um cuidado de ir regularmente ao ginecologista e este profissional tem um olhar cuidadoso na parte preventiva ao câncer e outras doenças.

Embora a sociedade tenha se desenvolvido no campo tecnológico, ainda existe um abismo nas relações de funções entre homens e mulheres. Elas desempenham as mesmas funções deles, mas grande parte da responsabilidade do lar recai nos ombros delas e a carga de estresse e ansiedade são elevadas.

Devido ao seu lugar social, a mulher desenvolveu recursos para de enfrentar as situações emocionais como as de perda, traição, humilhação e as superarem, devido à maior capacidade afetiva. Esta maior capacidade afetiva está diretamente ligada à função da maternidade. Só as mulheres geram e desenvolvem uma capacidade especial de comunicação com os filhos, principalmente nos primeiros anos de vida, onde não existe ainda a comunicação verbal ou gestual. Leia MaisEspecial saúde da mulherCuidados específicos da saúde da mulher

Estes fatores tornam as mulheres mais predispostas à depressão e a outros transtornos mentais: para cada homem com o problema, há duas mulheres na mesma situação. As mulheres também são mais predispostas a distúrbios de humor como o Transtorno Afetivo Bipolar.

A melhor notícia é que atualmente existem tratamentos de grande eficácia para os adoecimentos emocionais. Eles permitem que as pessoas com depressão e outras doenças tenham o mínimo de prejuízo em suas vidas, mesmo portando doença mental.

Muitas mulheres não encontram na família e nem com o companheiro o suporte necessário para o enfrentamento da doença; em alguns casos são discriminadas e incentivadas a suspender o tratamento.

A sociedade tem o dever de investir em campanhas de estimulo a saúde da mulher, a família precisa compreender as profundas transformações hormonais e psíquicas que as mulheres lidam ao longo da vida. E enfim, a mulher precisa de compreender que a sua saúde física e mental depende da sua postura. Ainda existe um longo caminho de luta e conscientização social da importância social da mulher, e que todo ataque a ela destinado são ataques a própria família e humanidade.


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Eduardo Galindo (Divulgação)
Eduardo Galindo

Psicólogo Clínico, especialista em Psicoterapia Breve. Suas áreas de atuação são psicoterapia de adultos, grupos e casal, workshop, e assessorias de grupos e palestras.

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