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A relação de Dom Cláudio Hummes e MI

Falecido em julho, Dom Cláudio sempre cooperou com a Milícia da Imaculada e deixou registradas essas palavras

Escrito por MI

29 AGO 2022 - 00H00

Daniel Ibáñez – CNA

Dom Cláudio Cardeal Hummes, agosto de 2021

“A Milícia da Imaculada, fundada por São Maximiliano Kolbe, eu a conheci mais de perto quando, no ABC Paulista, eu era Bispo Diocesano de Santo André - SP (1975-96). Ali, à frente da Milícia, encontrei o Padre Frei Sebastião Benito Quaglio, (OFMConv). Era o dirigente da Milícia da Imaculada e para esta missão o Espírito Santo lhe havia concedido bastante carisma, forte espiritualidade, amor aos pobres e confiança no apostolado dos leigos. Nesta época da minha estadia no ABC Paulista, como bispo diocesano, mantive uma colaboração bastante frutífera com a Milícia da Imaculada.

Isso se manifestou principalmente quando se tratou de conseguir a concessão de uma emissora de rádio. Uma rádio era importante para a associação porque São Maximiliano propunha evangelizar o mundo de modo especial através dos meios de comunicação modernos. A Providência de Deus logo nos abriu uma janela. A concessão de uma rádio de pequena potência estava em oferta em Mauá - SP. Mas, nós não tínhamos nenhum recurso financeiro para adquiri-la.

Resumindo, de imediato nada conseguimos nas portas em que batemos. Contudo, no Santuário de Santo Antônio, em Pádua (Itália), visitando o túmulo do Santo, eu dizia a Frei Sebastião que o Santo não nos deixaria desatendidos e faria o milagre! E de fato, assim aconteceu. Estava aí o dedo de Deus, sem dúvida. Por um caminho que haveria de ter algumas peripécias até pitorescas, conseguimos os recursos e adquirimos a Rádio. A partir daí, com a participação decisiva e qualificada dos leigos, membros da Milícia da Imaculada, a Rádio Mauá, agora Rádio Imaculada, foi sendo completamente renovada e sua potência aumentada.

Admiro o fundador da Milícia da Imaculada. São Maximiliano Kolbe é um luminar da Igreja, em nossos tempos. Sua visão avançada sobre o uso das modernas tecnologias de comunicação de massa para a evangelização do mundo é muito atual. Porém, o que também se destaca nele é seu martírio, no campo de concentração nazista de Auschwitz, onde ele se oferece para tomar o lugar de um pai de família, que havia sido escolhido pelos nazistas a mor morrer de fome, junto com alguns outros, em represália. Foi um ato de caridade extrema de Maximiliano!

Ele deu a vida para salvar a vida de seu companheiro de prisão, pai de família. É uma mensagem cristã forte que denuncia a violência, o egoísmo e o descarte que marca nosso mundo atual. E para nós, que cremos em Jesus morto e ressuscitado, a mensagem de São Maximiliano é que uma fé que não se traduz em caridade, em misericórdia, é uma fé morta”.

Fonte: O Mílite

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