Terceira idade na universidade: as vantagens da volta aos estudos

Por muito tempo, foi perpetuada uma ideia equivocada de que o Ensino Superior era restrito aos mais jovens, de tal modo que muitas pessoas mais maduras já não cogitavam a retomada dos estudos. De forma gradativa, esse cenário foi mudando e, atualmente, segundo o Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), houve um aumento de 46,3% no número de idosos matriculados em cursos de graduação.

Essa maior presença da terceira idade na universidade certamente está bastante associada à elevação da expectativa de vida que temos observado nos últimos anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de indivíduos com mais de 60 anos, por exemplo, chegará a 2 bilhões até 2050. Ou seja, estamos vivendo uma era em que as pessoas vêm percebendo que têm mais tempo para concretizar os próprios sonhos e que a percepção de que é "tarde demais" vai perdendo espaço.

Além disso, a bem da verdade é que os benefícios relacionados à volta aos estudos — especialmente nessa fase da vida — são inúmeros. Pensando nisso, nós elaboramos este post para elencar as principais vantagens e explicar como é possível dar esse importante passo. Boa leitura!

Mesmo em meio aos desafios, quais são os maiores benefícios da presença da terceira idade na universidade?

A sensação de falta de compatibilidade com o entorno, o receio de não acompanhar o ritmo da turma, a tendência ao isolamento em razão do pertencimento a gerações distintas — é fato que existem sim alguns desafios e medos a serem superados quando se trata de voltar à sala de aula. Entretanto, comparando-os com as diversas vantagens de fazê-lo, não restam dúvidas sobre a melhor decisão a ser tomada.

É provável que, em algum momento, você já tenha lido ou ouvido falar que aqueles que estudam tendem a viver mais, não é mesmo? Ainda que, inicialmente, essa relação pareça uma inverdade, a realidade é que a saúde e os estudos realmente estão diretamente associados em muitos aspectos. Afinal, por ativar novas conexões neuronais, um processo de aprendizagem contínuo impacta positivamente a qualidade de vida.

Contudo, a lista de boas razões para retomar os estudos não para por aí, já que, na terceira idade, o cérebro não só pode como deve se exercitar. Então, a seguir, veja por que vale tanto a pena driblar os eventuais inconvenientes e iniciar uma graduação!

A capacidade de absorção de conhecimento torna-se maior

Na verdade, independentemente do estágio da vida, iniciar um curso de Ensino Superior representa uma incrível oportunidade de aprender mais e se aprofundar em temáticas de interesse. Ou seja, a terceira idade na universidade tem a chance de adquirir mais conhecimentos acerca daquilo que já domina na prática ou de ter experiências completamente novas.

A vida social passa a ser mais ativa

Ao enfrentarem os receios comuns de estar diante de algo novo, os idosos passam a desfrutar das vantagens de manter contato e interagir com outras pessoas que estão fora do seu núcleo familiar, tornando a vida social mais ativa. Além disso, ao dialogarem com diferentes gerações, eles têm a oportunidade de experienciar uma troca altamente benéfica, inclusive, mantendo-se a par do que acontece na sociedade dinâmica em que vivemos atualmente.

O envelhecimento saudável é favorecido

Além dos fatores relativos a aspectos sociais e intelectuais, há que se falar que ingressar em uma universidade na terceira idade evita o sedentarismo, gerando bons reflexos diretamente sobre a saúde do idoso. Inclusive, os benefícios alcançam até mesmo a saúde mental, já que se manter engajado e ativo traz uma sensação de maior satisfação e bem-estar.

As oportunidades de acesso e/ou crescimento no mercado de trabalho se tornam mais amplas

Nos dias de hoje, definitivamente, a vida do idoso não mais se resume à aposentadoria. Assim sendo, já não é incomum encontrar pessoas que não apenas desejam continuar no mercado de trabalho, mas também querem permanecer em evolução. Para tanto, a busca por mais qualificação pode fazer toda a diferença.

Ao obter um — ou mais um — diploma na terceira idade, torna-se possível atender a requisitos para preencher diversas posições, principalmente quando o profissional já detém a experiência necessária para o desempenho das atribuições. Então, como mais recentemente algumas empresas vêm mudando sua mentalidade e destinando oportunidades a pessoas mais maduras, quanto mais capacitado o idoso for, mais portas poderão se abrir.

Como é possível dar esse passo e ingressar em uma faculdade?

Atualmente, há muitas alternativas. Se o desejo for ingressar em uma faculdade pública, é importante inscrever-se no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) ou nos vestibulares que as próprias Instituições de Ensino Superior (IES) organizam. Contudo, é válido levar em conta que as vagas são mais concorridas e a aprovação no processo seletivo pode demandar um tempo de estudo maior.

No entanto, há outro caminho igualmente válido, que é matricular-se em uma faculdade privada. Para a seleção, elas também utilizam a nota do ENEM e promovem vestibulares, geralmente, ao longo de todo o ano — esses últimos, porém, já são menos concorridos.

Nesse caso, seja qual for a sua escolha, é imprescindível apenas que você se certifique de que a IES tem autorização do Ministério da Educação (MEC). Afinal, isso é o que garantirá tanto a validade do seu diploma após a conclusão do curso quanto a fiscalização da qualidade do ensino por parte do órgão governamental.

Como visto, ingressar na terceira idade na universidade gera diversos benefícios, tornando o processo de envelhecimento muito mais positivo e saudável. Portanto, ainda que seja necessário contornar alguns eventuais inconvenientes e superar alguns desafios, as vantagens de fazê-lo são muito mais numerosas do que as barreiras a serem enfrentadas, o que, por si só, já é determinante para que a decisão certa seja tomada.

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Fonte: Faculdade Arnaldo