Por Barbara Rodrigues Em Colunista

Dia do Professor

"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção" Paulo Freire

Green Chameleon
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Começo esse texto com a seguinte pergunta: você já é formado? Fez algum curso extracurricular ou terminou o ensino médio? Se a sua resposta foi sim (e acredito que tenha sido), você já teve um professor.

Entrar no curso de Letras foi um grande desafio para mim. Quando comecei a frequentar as aulas percebi o quanto essa profissão é cercada de crenças infundadas e preconceituosas. As pessoas costumam me perguntar por que seguir nessa profissão, afinal, professores ganham tão mal. Mas se for assim, tudo se resume a ganhar dinheiro?

Na época que eu estudava, a coordenadora do curso em que estudo me convidou para palestrar junto com ela numa escola onde estava ocorrendo uma feira de profissões. Passado algum tempo, notei que poucas pessoas queriam saber mais sobre o nosso curso, enquanto em outras salas, os alunos faziam fila para conhecer as demais profissões. Quando questionados, os alunos respondiam o clichê “professor ganha pouco” e muitos acreditam que é estressante lidar com alunos difíceis, não se dando conta que eles se referiam a si mesmos. Conforme desmitificávamos algumas coisas, eles ficavam espantados por descobrir o “outro lado”.

Muitas vezes você também deve ter pensado como eles, é natural; mas falta-nos desconstruir paradigmas a nós impostos. Reflita um pouco: os cursos mais procurados, como medicina, direito, engenharia, e todos os outros, são ministrados por professores. O que aconteceria com eles caso não houvesse mais pessoas para ensinar? Talvez você esteja pensando que não é preciso recorrer a um professor para aprender necessariamente algo, sendo assim as profissões continuariam existindo. Mas, se o nosso conhecimento fosse apenas inato, todos nós seriamos autodidatas, contudo, até esses gênios aprendem a SER com alguém, seja com a mãe, o amigo ou com um estranho. Jesus em sua divindade teve seu pai, José, como professor, pois foi ele que o ensinou a arte da carpintaria.

Temos uma visão deturpada dessa importante e bela profissão, porém cabe a nós mudarmos este conceito para que as gerações que estão por vir valorizem o professor. Nossos filhos, sobrinhos, netos, amigos podem escolher ser astronautas, jogadores de futebol, atores, cantores e também professores, sem que esta seja considerada uma escolha “errada”.

Para finalizar, peço que nos outros dias da sua vida e, principalmente, neste 15 de outubro, você enxergue os professores pelo que eles fazem por nós e não pelo que ganham. Assim, deixo registrado aqui meus parabéns aos profissionais dessa área. Obrigada por abrirem as janelas do conhecimento por nós desconhecidas e nos ajudarem a sermos pessoas melhores.

Escrito por
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Barbara Rodrigues

Formada em Letras pela Faculdade São Bernardo (FASB), Barbara Rodrigues é apaixonada por livros e autoconhecimento. Atua no Departamento de Comunicação e Marketing da MI há 9 anos e há 1 ano é responsável pelo Setor de Marketing Digital que cuida do Portal e das redes sociais da MI.

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