Por MI Em Igreja Atualizada em 18 FEV 2022 - 11H16

A vida de Irmã Emmanuelle

“Os outros são o paraíso. Passei 20 anos no paraíso com os meus catadores de lixo”





Nascida com o nome de Madeleine Cinquin, em 1908, ficou conhecida como Irmã Emmanuelle por seu testemunho de amor e solidariedade. Nascida na Bélgica em 1908, filha de mãe belga e pai francês, conheceu a dor aos 6 anos ao perder o pai vítima de afogamento. Aos 21 anos ingressou na Congregação das Irmãs de Nossa Senhora de Sião e ensinou em grandes colégios da França, Turquia e Tunísia.

Chegou ao Egito em 1965 para trabalhar em colégios, até que em 1971, já aos 63 anos, decidiu dar um passo a mais em sua dedicação a Deus e às pessoas que mais precisam. Depois de 40 anos como professora, decidiu dedicar-se aos pobres. Primeiramente pensou em cuidar de leprosos, mas não conseguiu as autorizações necessárias. Decidiu, assim, viver com os catadores de lixo no bairro Ezbet-Nakhl na cidade do Cairo.

Divulgação
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Estabeleceu-se em um barraco de madeira e começou a ajudar na alfabetização das crianças e a transmitir noções de higiene e saúde para as pessoas. Em uma entrevista à revista Mundo e Missão, em 2005, descreveu assim o cenário: “Quando cheguei não havia nada. As crianças viviam na rua. Disse para mim mesma que buscaria mudar a vida delas. Durante os primeiros tempos procurei compreender o estilo de vida das pessoas e as suas necessidades. Naquela época as mocinhas eram oferecidas em casamento pelos 11 ou 12 anos a um homem qualquer, bastava que levasse um dote. Tinham filhos mais ou menos a cada ano e, em geral, doze gestações durante a vida, perdendo a metade dos filhos. Era uma situação assustadora. Comecei com uma pequena creche para Muçulmanos e cristãos, que no lixão não se falavam. Procurei estabelecer a harmonia entre eles”.

Com a colaboração de voluntários e de outras religiosas, Irmã Emmanuelle conseguiu erguer estruturas de educação e saúde para aquela população. Foi fundamental para a vida daquelas pessoas a possibilidade de serem alfabetizadas, tendo algumas chegado à universidade; e também de ter cuidados médicos e orientações sobre alimentação e saúde. Em 1980 foi fundada uma associação que recolhia fundos para esta missão no Cairo e outras iniciativas de solidariedade.

Na França, Irmã Emmanuelle se tornou uma figura midiática muito destacada e um ícone da solidariedade. Irmã Emmanuelle retornou para a França aos 85 anos a pedido da congregação religiosa à qual pertencia. Ali dedicou-se aos sem-teto e aos imigrantes ilegais.

Em entrevista para a Rádio Vaticano revelou: “Não tenho medo da morte. A morte é bela e não me dá medo. Mas confesso que tenho medo da agonia. Mas isso não importa, estou pronta”. Em novembro de 2008, dormindo, Irmã Emmanuelle deixou esta vida e nos deu o exemplo de mudança de vida e doação.

Fonte: Jovem Mílite

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