Viagem

Conheça um país da Oceania

Como descobri um paraíso para minha vida

Escrito por MI

26 JAN 2023 - 00H00

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Patrícia Atkinson Balzano
Engenheira ambiental

Depois de dois anos formada como engenheira ambiental, eu não conseguia uma boa colocação no mercado de trabalho por falta do domínio da língua inglesa. Tentei adotar o plano B e tentar a vida acadêmica me inscrevendo em um curso de mestrado em Campinas - SP. Porém, a exigência para estudar neste mestrado era que meus estudos tinham que ser publicados, obrigatoriamente, em inglês ou espanhol. Frustrada, parti para o plano C, e com a ajuda e o incentivo de uma prima, decidi que era hora de investir em um curso de inglês fora do país. O país escolhido foi a Nova Zelândia, e você deve estar se perguntando o porquê dessa escolha. Basicamente, pelo custo benefício do curso de inglês. Na época, entre Canadá, EUA, Irlanda, Inglaterra e Austrália, a Nova Zelândia era a que me dava a possibilidade de estudar por mais tempo e com a oportunidade de trabalhar.

Aprendendo com os desafios

Os desafios foram muitos, mas, no começo, o principal deles foi o idioma. Eu entendia muito pouco e não consiga me expressar. Outro desafio foi me adaptar à culinária local, com a moradia e a adaptação da rotina da casa com outros moradores que não são da sua família. Moro há 8 anos na cidade de Christchurch que fica localizada no centro-oeste na ilha sul da Nova Zelândia. Com uma população de aproximadamente 400 mil habitantes.

Christchurch é uma cidade plana, litorânea. Traduzindo Christchurch para o português chama-se “Igreja de Cristo” e desde que coloquei os pés nessa cidade, sabia que aqui era o meu lugar! Era como se eu já conhecesse essa cidade, sem conhecê-la anteriormente. A maior parte dos dias é ensolarada, mas as temperaturas são baixas. As atividades físicas e de lazer com a família e os amigos são sempre externas, em contato constante com a natureza. Por exemplo, no verão, as famílias saem para acampar por várias semanas.

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Adaptação e experiência

Quando cheguei na Nova Zelândia, morei por 10 meses na cidade de Auckland, a mais populosa do país, com cerca de 1,6 milhões de habitantes, também a maior cidade em termos de economia. Auckland é uma cidade montanhosa e vulcânica. No começo tudo era novo e diferente do que estava acostumada no Brasil, claro, mas considero que me adaptei bem depois de dois a três meses. O mais difícil foi o primeiro mês, em que eu morei com uma família Kiwi (como são chamados os Neozeolandeses). A experiência para meu crescimento e amadurecimento pessoal foi positiva, mas na época foi difícil me adaptar à rotina, hábitos e regras da família e da casa.

Cultura e locomoção

O transporte público tem horários limitados. Em dias de semana, o funcionamento de ônibus, trens e metrôs se encerra antes da meia-noite. Quando eu finalizava o expediente em um restaurante, às 2h da madrugada, não tinha nenhum transporte público disponível e, como estudante, o dinheiro era limitado, não dava para pegar um táxi. O jeito mesmo era ir andando para casa, o que levava mais de uma hora. No começo eu tinha muito medo, pois tinha que passar por ruas desertas, sem movimentação nenhuma. Porém, o lado bom daqui é a segurança. Quando percebi que era seguro, perdi o medo e me adaptei bem às caminhadas depois do expediente.

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Beleza desconcertante

Por ser uma ilha dividida em duas partes, ilha norte e ilha sul, Nova Zelândia oferece muitas atrações e pontos turísticos com paisagens com belezas desconcertantes. Em oito anos que estou aqui visitei alguns dos principais pontos turísticos desse país que agora é minha casa também.

Custo de vida

Depois dos meus estudos de inglês, e as possibilidades de arrumar um trabalho na minha área de formação, mudei de cidade, passei à busca por emprego em período integral. Comecei como ajudante de cozinha e garçonete quando era estudante, e depois que mudei de cidade arrumei meu primeiro emprego com contrato permanente e integral como faxineira. Aos poucos fui crescendo, melhorando o inglês, trabalhando pesado e mudando de profissões e empresas até chegar onde estou hoje. Atualmente trabalho na minha área de formação que é Engenharia Ambiental. Viver aqui custa caro, mas vale o esforço. Entretanto, apesar do custo de vida ser alto, aqui dá para viver bem e com qualidade de vida ao mesmo tempo.

Fonte: Jovem Mílite

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