Gil Oliveira
Guia turístico nos EUA
Sou Gil Oliveira, sou brasileiro e nos anos 1980 fui para a Europa trabalhar em navios. Depois, me encantei com os Estados Unidos e escolhi a dedo Nova Iorque para viver. Era um garotão e tinha disposição para fazer tudo. Trabalhei em restaurantes, estudei turismo, fui comissário de bordo, me tornei um cidadão americano e comecei a trabalhar para algumas empresas. Tornei-me guia turístico e tenho muito prazer nessa atividade. Abri minha empresa que recebe turistas, sobretudo brasileiros. Gosto de levar turistas para conhecer coisas muito peculiares de Nova Iorque.
Durante a pandemia me reinventei e também trabalho no ramo da arte, colaborando com uma galeria. Agora viajo por todo o país também a serviço dessa galeria de artes. Adoro receber brasileiros aqui. Por ser minha língua e o meu povo, culturalmente falando, vou direto ao ponto do que o brasileiro quer ver. Sei o que o brasileiro tem interesse. Acompanho todos com humor e mostro o que realmente gostam. Em duas horas com uma família já identifico o perfil e mostro o que gostam. Tenho imenso prazer em receber porque consigo me comunicar e me dar super bem.
Cada cidade tem suas atrações especiais. Para quem for visitar a cidade em que trabalho há tantos anos, Nova Iorque, lembro que é importante escolher um hotel de fácil locomoção. Tem gente que para economizar algumas doletas fica em bairros mais distantes, mas gasta uma fortuna em transporte.
Às vezes a gente fala de economizar US$50 dólares nas diárias de hotéis, mas para sair de noite se gasta entre US$50 e US$70 dólares em táxi. Em Manhattan, a ilha na baía do rio Hudson, que concentra os principais pontos turísticos, é bom evitar o Metrô porque é um pouco confuso, vem de um lugar ao outro e passa por Manhattan. É melhor ir a pé porque até se encontrar no Metrô leva uns três dias de passeio.
Em Nova Iorque é necessária mais de uma semana para conhecer todas as atrações na ilha de Manhattan. Há um leque de opções e nesse período pós-Covid tem muitas atrações novas para quem já visitou vale a pena ir de novo.
Uma peculiaridade de Nova Iorque é a proximidade das coisas. Em São Paulo, por exemplo, precisamos viajar umas duas horas de carro para chegar a São Roque, cidade dos bons vinhos. Em Manhattan, tem lá mesmo bons lugares. Outra coisa interessante é que Nova Iorque é completamente distinta no inverno e no verão. É como se fossem duas cidades diferentes. O que se faz em uma, não se faz na outra.
Esses pontos turísticos de Nova Iorque são fundamentais para quem vai pela primeira vez e sempre legais para voltar.
Precisa perder uma manhã inteira no Central Park. Na década de 1980 era perigoso até passar na calçada, mas agora é outra coisa. Tem também bicicletas para aluguel, e assim dá para passear.
Hudson Yards é uma coisa que revolucionou a cidade. Inaugurado recentemente, é um prédio de 80 andares que tem um mirante de onde dá para ver tudo. O chão também é de vidro. É bárbaro, é o que há no momento. Nova Iorque tem diversos memoriais.
Tem o grau zero onde havia as torres do World Trade Center. Eu não entrava no museu, numa ocasião foi necessário e entrei. Fiquei chocado, mostram a tragédia de uma forma chocante e importante para termos conhecimento.
Indico aqui outras três cidades interessantes para visitar nos Estados Unidos. Orlando, onde tem a Disney, não conta porque é praticamente uma parada obrigatória para quem viaja com crianças.
Moro em Nova Iorque há 30 anos e acho a principal cidade, mas tem outras fantásticas como São Francisco. No meio da pandemia, com as restrições, as administrações aproveitaram para fazer obras na cidade. São Francisco está renovada e vale uma visita.
Outra cidade é Denver, no inverno tem boas estações de esqui que no verão são parques abertos. San Diego, na Califórnia, também é legal e vale a pena visitar.
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