Nascida na cidade de Forquilhinha, em Santa Catarina, Zilda era a décima terceira filha de dezesseis irmãos. De família de origem alemã e bem tradicional, ainda adolescente ela pensou em ser missionária, mas ao ver o sofrimento do povo passando por enfermidades, decidiu ser médica.
Enfrentou preconceitos por ser mulher e ter escolhido a medicina como carreira, mas não desistiu.
Especializou-se na área de pediatria e sanitarismo, e foi aí que se impressionou com a grande quantidade de crianças internadas com doenças de fácil prevenção, como diarreia e desidratação.
Diante da realidade, Zilda decidiu elaborar um projeto que abrangesse os cuidados, não só com as crianças, mas também com a gestante.
Foi aí que em 1983, a pedido da CNBB, Zilda e Dom Geraldo Majella Agnelo, na época Arcebispo de Londrina, no Paraná, criaram a Pastoral da Criança.
A Pastoral da Criança desenvolveu a metodologia comunitária de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, baseando-se no milagre da multiplicação dos dois peixes e cinco pães que saciaram cinco mil pessoas, como narra o Evangelho de João (6,1-15).
Zilda também era mãe de seis filhos sendo que o seu primeiro faleceu com apenas 36 horas de vida por um descuido médico. Foi um momento triste e inesquecível na vida dela. Outro momento de muita tristeza foi o falecimento do seu esposo Aloísio Bruno Neumann. Ele morreu afogado ao tentar salvar uma menina, filha de sua diarista a qual criavam como se fosse filha.
Leia MaisGoverno amplia prazo para reduzir salário e jornada e suspender contratos Bispo de Marabá agradece respirador enviado pelo PapaAmizade e Vida Saudável Frei Sebastião reza pelas vítimas fatais da pandemiaDeus cuida de nósRecordar Zilda Arns Neumann é também conhecer um trabalho eficaz realizado em todo o Brasil que traz vida e esperança a milhares de famílias, gestantes e crianças.
Em 2004, ela fundou a Pastoral da Pessoa Idosa com metodologia semelhante à da Pastoral da Criança, para atender de forma melhor e mais ampla aos avós que já tinham espaço e atenção no trabalho da Pastoral. Zilda foi uma vida que se doou intensamente para dar vida a outras pessoas. Morreu em 2010, vítima de um terremoto que devastou o Haiti. Estava em missão, implantando a Pastoral da Criança naquele país.
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