A prévia da inflação oficial do país registrou a maior alta para um mês de outubro desde 1995, com alta de 0,94% e reflexo sobretudo do aumento dos preços dos alimentos. A taxa também é superior à de setembro, que ficou em 0,45%.
Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA-15, divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE.
Dentro do grupo alimentação e bebidas, que subiu 2,24%, a lista de produtos que exerceram maior pressão tem no topo as carnes, que subiram pela 5ª vez consecutiva e representam a maior contribuição no resultado do grupo, além do óleo de soja, com alta de 22,34%, o arroz, que subiu mais de 18%, o tomate e o leite longa vida.
Entre as quedas que contribuíram para segurar a inflação no grupo, a cebola e batata-inglesa foram as principais.
Dos nove grupos de despesas, apenas educação registrou queda nos preços, com resultado negativo em 0,02%. Os transportes, com taxa de 1,34%, também tiveram grande impacto no IPCA-15, devido à escalada de itens como passagens aéreas, que ficaram 39,90% mais caras, gasolina e seguro voluntário de veículos.
Também subiram os preços dos artigos de residência, vestuário, habitação, saúde e cuidados pessoais, comunicação e despesas pessoais.
Com o resultado, o IPCA-15 acumula inflação de 2,31% no ano e 3,52% em 12 meses, anotando alta em todas as localidades pesquisadas.
O indicador refere-se aos gastos das famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.
Fonte: Agência Nacional
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