Nesta quarta-feira (15), após a Audiência do Papa Francisco, dois padres brasileiros entregaram, ao Santo Padre, 15 cartas de jovens infratores, que estão em reclusos no Centro Socioeducativo de Internação Provisória Canaã, em São Luís, do Maranhão.
Os textos, escritos a próprio punho para o Papa, foram entregues pelo Padre Hernanni Pereira, que estava acompanhado do Padre Claudemar Silva. “Fiquei sensibilizado com a situação dos adolescentes detidos e propus que eles escrevessem ao Santo Padre, como uma maneira de incentivá-los a buscar o perdão e o propósito de uma vida com mais dignidade, longe da criminalidade”, explicou.
Com essa iniciativa, os meninos puderam sair da invisibilidade ao falar de suas vidas ao Papa, renovando a fé e a esperança em um futuro melhor, além de expressar suas dificuldades e expressar seus sonhos.
Padre Hernanni também entregou cartas de duas mães, uma que perdeu seu filho envolvido com o tráfico de drogas, e a outra está com o filho preso. “As duas pediram ao Papa oração e a sua intercessão por seus filhos”, explicou o sacerdote.
Segundo o Padre Hernanni essa foi a melhor maneira de finalizar sua missão na paróquia São Maximiliano Kolbe, onde foi pároco por seis anos. “Na missa de Natal eu já havia deixado essas cartas na manjedoura e me veio a ideia de trazê-las ao Papa”, salienta.
A ocasião se tornou mais especial pela presença de Padre Claudemar Silva, irmão de sangue de Padre Hernanni. “Há alguns anos estive em Roma com minha mãe que me perguntou quando os dois filhos estariam com o Papa. Agora, pela intercessão dela lá no céu, essa vontade foi atendida”, disse o sacerdote em tom emocionado.
Padre Hernanni destacou que no olhar do Papa foi possível notar o carinho que ele tem pelas pessoas que estão a margem da sociedade. “Sempre que saio de um presídio sinto que Jesus me diz: ‘ainda bem que você está aqui’. O desejo de evangelizar e salvar almas é um trabalho diário, que nunca devemos nos cansar”, finalizou.
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