Igreja

A questão do aborto para a Igreja

A posição da Igreja em relação ao aborto é muito clara: é um desrespeito, um atentado à vida do ser humano nascente. A vida deve ser sempre protegida e acolhida

Escrito por MI

06 SET 2018 - 13H31 (Atualizada em 26 AGO 2021 - 15H08)

Dom Wilson Tadeu Jönck, SCJ , Arcebispo de Florianópolis - SC

A posição da Igreja em relação ao aborto é muito clara: É um desrespeito, um atentado à vida do ser humano nascente. A vida deve ser sempre protegida e acolhida. Este é o princípio que a Igreja tem e, por isso, vê o aborto como atentado contra a vida e inaceitável em todas situações. Em nenhuma situação o atentado contra a vida pode ser admitido. Isso é importante, pois esse princípio cabe de modo geral para que a vida seja protegida e acolhida nos primeiros dias, nas primeiras horas, quando ainda é um feto. Mas também quando é jovem, adulta, e na velhice, nos momentos finais, enfim, a vida sempre deve ser protegida. 

Ao invés do respeito à vida, temos visto o desrespeito. Toma corpo em nossos dias a ideia de que a vida no interior da mãe pode ser manipulada, tirada, a qualquer momento. Por que isso? Porque existem outros princípios e interesses econômicos que visam com que o ser humano faça do mundo o que bem entende. Nós vemos o grande perigo ao ver o atentado contra a vida nascente e que também possa ser violada a vida dos adolescentes e idosos.

Nosso esforço consiste em buscar a preservação da vida e ajudar as mulheres a acolher a vida. Um argumento pelo aborto é de que a mulher é dona do seu corpo e faz o que quiser. A grande dignidade da mulher é a maternidade, e o grande gesto humanitário é exatamente o de entregar seu corpo para gerar a vida, nenhum outro gesto é maior do que esse. Todos gestos que mostram egoísmo e vaidade são inaceitáveis e nos entristecem porque a vida não pode ser entendida assim, e muito menos a vida da mulher. Devemos ajudar a mulher para que ela se torne o grande meio para acolher a vida, para cuidar da vida, no útero e fora dele. A mulher sabe fazer muito bem isso e muito mais.

Outra questão é a de saúde pública. Sempre que se fala do aborto se volta nesta questão de que o governo deve promover o aborto. Nós devemos salvar a vida da mãe e das crianças, não é possível salvar um atentando contra outro como se isso fosse admissível. Gravidez não é doença, mas é um dos símbolos da vida é uma das imagens mais bonitas que nós podemos ter porque é sinal do amor e da dedicação da mãe ao ser nascente. Esta imagem é que queremos ver e promover.

O aborto ainda traz consequências. Esta é a nossa experiência ao encontrar pessoas que provocaram o aborto. Ele deixa uma sequela sempre, um sentimento de culpa. Ninguém faz um aborto impunemente. Normalmente a pessoa não esquece o aborto que fez porque cada pessoa tem esse sentido do valor da vida. O que nós pudermos fazer para que a mulher seja amparada e possa ter o seu tempo de maternidade e gestação com tranquilidade para se dedicar a vida, deve ser realizado com todos nossos esforços.

A quem procura o aborto, dizemos que nenhuma situação o justifica. Procure um bom lugar, uma pessoa que possa lhe dar um esclarecimento e procure fazer o possível para preservar a vida. Sempre haverá na Igreja muitas pessoas que estão dispostas a ajudar. A experiência que temos na Igreja é de que muitas mulheres desejavam fazer aborto e não fizeram. Hoje elas grande amor a seus filhos e são gratas e reconhecidas pela ajuda que receberam para dar a luz ao filho.

Agradeço essa oportunidade de falar à Rede Milícia Sat e que Deus possa cobrir com sua benção a vida de todas as família. Que a graça de Deus possa acompanhar a vida de todas as mulheres que se propõe a serem mães e que todos possam sempre estar a serviço da vida nascente e que a vida possa desabrochar em todos os momentos da vivência humana.

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