Por Paulo Teixeira Em Nossa Senhora Atualizada em 13 JAN 2021 - 11H59

Maria e a humanidade

A figura de Maria no seio da Igreja



A questão antropológica parece ser um ponto forte na compreensão da figura de Maria no seio da Igreja. Além de sua importância como cooperadora na história da salvação, a figura materna que Maria representa assumiu um papel de destaque na religião cristã católica. Sua pessoa, ao longo do tempo, passou a ser destacada pela associação com as feições maternas comumente atribuídas à mulher, ou seja, dentro de uma esfera religiosa ela se tornou a mãe da humanidade, aquela que expressa as feições maternas de Deus, ou amor do próprio Deus num aspecto de mulher, numa concepção mais popular. Antropologicamente se pode compreender a veneração dos fiéis por Maria, assim como pelos santos, pela sua união com Deus, como modelos exemplares para humanização do ser humano.

Em Maria, Deus assume forma feminina; em Maria, o feminino se eleva ao nível da divindade. Servindo-se criativamente dos aportes das ciências humanas, da antropologia teológica, Maria está unida singular e intimamente ao Espírito Santo, num modo que só tem paralelo na união hipostática do Verbo divino feito Carne. A belíssima figura de Maria, templo do Espírito, Mãe de Deus, Mãe do Belo Amor, resplandece com brilho extraordinário. E as verdades mariológicas – imaculada conceição, virgindade, maternidade divina – ganham vigor, profundidade e coerência. As gerações humanas aprendem a contemplar em Maria o “rosto materno de Deus”, a divindade em forma feminina, o feminino alcançando o ponto alto da divinização. Já dizia o Papa João Paulo I: “Deus é Pai e, ainda mais, Mãe”. E termina assim: “Nela, como em Jesus, ‘Deus é tudo em tudo’” (cf. 1Cor 15,28).

Olhando para sua humanidade, Maria viveu as mesmas condições em que vivem todos os humanos, o que também aconteceu com o próprio Jesus Cristo. Maria, assim como os outros santos, por esta dimensão humana e pela maneira como viveram sua missão de seguidores de Jesus, vieram a se tornar modelos de vida cristã, pessoas humanas que contribuíram na realização da história da salvação.

Escrito por
Paulo Teixeira
Paulo Teixeira

Jornalista formado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), atua como editor responsável das revistas O Mílite e Jovem Mílite há mais de quatro anos. É autor do livro "A comunicação na América Latina".

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