Psicologia

A Avareza

Um pecado capital que afeta as relações

Eduardo Galindo (Divulgação)

Escrito por Eduardo Galindo

14 JUN 2023 - 00H00 (Atualizada em 19 JUL 2023 - 11H35)

Uma pessoa avarenta é mais conhecida como “mão de vaca”, “sovina”, “mão fechada” e “canguinha”. A avareza é uma atitude que podemos analisar de diversos aspectos, quero, então, apresentar uma pequena contribuição psicológica e olhar esse comportamento que precisa ser bem compreendido. Primeiramente, não é errado ser rico ou buscar uma situação de vida melhor, a questão é como a pessoa se relaciona com os seus bens, que não seja de uma forma apegada e egoísta dividindo e gerando conflitos na família. A riqueza também requer responsabilidade social, uma pessoa não pode fazer o que quiser com os bens.

Como por exemplo, posso citar Antônio Ermírio de Moraes, que por décadas foi considerado o brasileiro mais rico do Brasil, mas levava uma vida simples, com muita sobriedade e responsabilidade diante dos funcionários e oferecia parte do seu tempo na administração de um hospital beneficente, em São Paulo. Ele poderia ter esbanjado dinheiro com uma vida boa e gastado a herança do pai, mas resolveu trabalhar e, assim, consolidou a indústria de base no país. A pessoa avarenta apresenta dificuldades em fazer trocas, acredita que precisa ter vantagens em tudo e que a maioria das pessoas estão “passando a perna” nela. A avareza é uma atitude que pobres também podem desenvolver. Há pessoas que saem para passear, mas são incapazes de comprar uma água, tomar um café, agradar um filho ou comprar um presente para um familiar.

Há também o caso de pessoas que enchem a casa de coisas que encontram pela rua, ou que não conseguem se desfazer do que compram. Quando a pessoa chega a essa situação precisa de acompanhamento psiquiátrico e psicológico. O sintoma de insegurança e desconfiança de si mesmo e dos outros, ao ser observado nas crianças, pode estar associado à avareza. Por isso a importância de incentivar a socialização das crianças, além de motivá-las a praticar boas ações de partilhar os brinquedos com os seus colegas. Para o adulto é importante se solidarizar com os mais pobres, fazer doações para instituições de caridade e separar as roupas que estão sem uso no guarda roupa.

Fonte: O Mílite

Escrito por
Eduardo Galindo (Divulgação)
Eduardo Galindo

Psicólogo Clínico, especialista em Psicoterapia Breve. Suas áreas de atuação são psicoterapia de adultos, grupos e casal, workshop, e assessorias de grupos e palestras.

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