Por Diego Lima Em Colunista Atualizada em 16 DEZ 2020 - 17H27

Chamados para Evangelizar

Como é pautada a missão da juventude dentro da Igreja?




Olá, pessoal! Quando você pensa em missão, o que vem à sua mente? Aqueles filmes de ação em que o protagonista tem um objetivo para ser alcançado? Ou ainda aquelas viagens para o espaço? Independente da resposta, nossa vida é cercada de objetivos que nos motivam e direcionam nosso caminhar.

Na Igreja, isso não é diferente. A missão que a Igreja possui é um dever deixado por Jesus, missionário por excelência da Boa-Nova. A Pedro, Jesus fala: “Lançai as vossas redes para pescar” (Lc 5,4); e depois exorta: “Não temas, de agora em diante serás pescador de homens” (Lc 5,10). Com essas palavras, os pescadores atracaram as barcas na areia, deixaram tudo e começaram a seguir Jesus.

Do mesmo modo somos convidados a “seguir Jesus” e assumir nossa missão. E Jesus nos chama a viver a missão também na sua comunidade, colocando seus dons a serviço do Reino de Deus. A missão fundamental da Igreja é tornar Cristo conhecido e amado. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil nos ajudam a interpretar esse desafio ao olhar para a Igreja que está em estado permanente de missão; juntamente com a referência bíblica da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios: “Ai de mim se não evangelizar!” (1Cor 9,16).

E como somos corpo da Igreja, essa missão também é transmitida a nós, por meio da participação em comunidade e da participação das ações externas. “Os mensageiros de Jesus Cristo são, antes de tudo, testemunhas daquilo que viram, encontraram e experimentaram. Este fato implica irradiar a presença de Deus, de Jesus Cristo, Deus-Conosco, e, na força do Espírito Santo, proclamar com a palavra e com a vida que Cristo está vivo entre nós” (cf. Doc. CNBB 94).

Os bispos reforçam que os jovens precisam de uma atenção especial à missão de anunciar a Boa-Nova. “A crescente participação do Brasil nas Jornadas Mundiais da Juventude nos convida, também, à organização de um caminho que garanta o crescimento da animação dos jovens em vista de sua identidade de discípulos missionários de Jesus Cristo”, destaca o texto. Para esse desafio, nós, jovens participantes da vida em comunidade, recebemos a missão do próprio Papa Francisco, durante a sua visita ao Brasil para a JMJ 2013. “A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que os caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas 19 anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido por vocês”, exorta o Santo Padre.

Mais recentemente, em sua Exortação Apostólica Christus vivit, Papa Francisco fala mais profundamente sobre a missão do jovem na Igreja. “Depois de observar a Palavra de Deus, não podemos limitar- -nos a dizer que os jovens são o futuro do mundo: são o presente, estão a enriquecê-lo com a sua contribuição. Um jovem já não é uma criança, encontra-se num momento da vida em que começa a assumir várias responsabilidades, participando com os adultos no desenvolvimento da família, da sociedade, da Igreja” (Christus vivit 64). E complementa: “Um jovem que vai em peregrinação pedir ajuda a Nossa Senhora e convida um amigo ou um companheiro para que o acompanhe, com este gesto simples está a realizar uma valiosa ação missionária” (239).

Que possamos, nesse mês missionário, encontrar nossa vocação e colocá-la a serviço da Boa-Nova! Na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, o Santo Padre nos ajuda quanto ao discernimento. “É verdade que o discernimento espiritual não exclui as contribuições de sabedorias humanas, existenciais, psicológicas, sociológicas ou morais; mas transcende-as. (...) Lembremo-nos sempre de que o discernimento é uma graça. Embora inclua a razão e a prudência, supera-as, porque trata-se de entrever o mistério daquele projeto, único e irrepetível, que Deus tem para cada um e que se realiza no meio dos mais variados contextos e limites”. E continua: “Embora o Senhor nos fale de muitos e variados modos durante o nosso trabalho, através dos outros e a todo o momento, não é possível prescindir do silêncio da oração prolongada para perceber melhor aquela linguagem, para interpretar o significado real das inspirações que julgamos ter recebido, para acalmar ansiedades e recompor o conjunto da própria vida à luz de Deus. Assim, podemos permitir o nascimento daquela nova síntese que brota da vida iluminada pelo Espírito” (Gaudete et Exsultate 170).

Escrito por:
Diego Lima
Diego Lima

Jornalista e consagrado a Nossa Senhora pelo método de São Maximiliano Kolbe, Diego escreve para a revista Jovem Mílite.

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