Colunista

A força da fé

A doação da vida, mais do que um gesto heroico, é um testemunho de fé

Frei Sebastião (Arquivo MI)

Escrito por Frei Sebastião Benito Quaglio

03 AGO 2022 - 00H00 (Atualizada em 03 AGO 2022 - 14H38)

Arquivo MI

Em seu caminho de peregrinação de fé, Maria aprende, dia após dia, a acolher em si os eventos da vida, não por meio do processo dos pensamentos, mas através da experiência da meditação. Maria conserva e medita em seu coração o que a vida lhe apresentava, aquilo que entende e o que não entende, e, assim, une os eventos da sua existência, os aceita mesmo se não os compreende plenamente.

Maria era, para São Maximiliano Kolbe, mestra de vida espiritual e, como sugere anos mais tarde, o Papa Paulo VI, olhando para Ela, pôde fazer da própria vida um culto a Deus, e, no seu culto, um compromisso vital (Marialis Cultus 21).

O compromisso com o apostolado norteou a vida do nosso santo, mas, em 1941 durante a guerra, os invasores selaram as máquinas de impressão, interrompendo a atividade missionária da Cidade da Imaculada.

Frente à própria fragilidade e à insegurança de seus irmãos, disse-lhes para que não esquecessem o amor e demonstrou o quanto guardava no coração cada acontecimento: “O amanhã, como em toda a parte neste momento, é incerto, mas sem a Vontade de Deus nada pode acontecer; além disso, a Imaculada é a Proprietária e a Senhora aqui, e pode dispor de tudo como lhe agradar” (EK 901).

Divulgação
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Jesus nos mostrou, através da Sua existência, o segredo para dar sentido à vida: doá-la. Se olharmos a vida de Jesus, vemos que Ele doou a vida por nós na cruz. Mas, antes de chegar a este momento, Jesus doou a vida dia após dia, para cada homem e mulher, sem distinção.

Toda a vida de São Maximiliano Kolbe foi doada em favor da vida espiritual da felicidade dos irmãos. Seu maior desejo era consumir-se no trabalho de conversão e santificação de todos, sem distinção. O maior bem que São Maximiliano colocou à disposição em Auschwitz, campo de concentração nazista, na Polônia, foi a própria vida, mas antes, durante sua prisão, em meio ao desprezo e à desumanização imposta pelo nazismo, continuava a missão de apresentar o amor de Jesus, manifestado na cruz, e a Imaculada como esperança segura que só o amor materno suscita: “Se cada um se dirige à Imaculada como a criança se dirige à sua mãe, e reflete sobre o que poderia fazer em sua própria situação, nas condições e nas circunstâncias em que vive; Ela sugerirá as ideias mais oportunas para ganhar o maior número possível de almas para Ela e para a sua Milícia” (EK 1218).

Frei Kolbe não pôde salvar da morte física os quase 5 milhões de prisioneiros mortos no campo de concentração, mas com atenção e cuidado “materno” sustentou, animou e confessou um número incalculável de companheiros de infortúnio. Ao entregar a própria vida em favor do jovem sargento polonês Francisco Gajowniczek. “Maximiliano de modo particular tornou-se semelhante a Cristo”, destacou o Papa João Paulo II em 1982. Deus abençoe você para que possa, diariamente, entregar a vida por amor àqueles que estão próximos.

Fonte: O Mílite

Escrito por
Frei Sebastião (Arquivo MI)
Frei Sebastião Benito Quaglio

Frei Sebastião Benito Quaglio nasceu em 20 de julho de 1938, em Lendinara, no norte da Itália. Recebeu o nome de batismo Benito Quaglio e, quando emitiu os votos religiosos na Basílica de Santo Antônio (Padova), em 1958, recebeu o nome do mártir São Sebastião. O desejo de evangelizar com Nossa Senhora através dos meios de comunicação sempre permeou sua vida e foi na obra de São Maximiliano Kolbe que ele encontrou um ideal a ser seguido: conquistar o mundo inteiro a Cristo pela Imaculada!

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