Por Ana Carolina Sofiati Em Colunista

O diálogo não é uma disputa!

Ainda que nossa linguagem, variada e complexa, seja o diferencial da nossa espécie, é o que mais gera problemas para as relações pessoais, familiares, profissionais e até diplomáticas

Pixabay
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Frequentemente vemos, muito mais agora com o crescimento dos relacionamentos virtuais, o gigante poder que a comunicação dá para as pessoas de convencer, ofender e espalhar mentiras, muito mais do que acolher ou informar.

O diálogo não pode e não deve ser a imposição de um ponto de vista. No geral, não sabemos lidar com aquilo com que não concordamos, por isso é tão difícil ir para um diálogo disposto a ouvir, muito mais do que falar. Queremos até falar quando ninguém pergunta nossa opinião. O fato é que a existência do outro, seu ponto de vista e sua verdade não precisam da nossa aprovação, é por isso que apontar para ele diz muito mais sobre mim do que sobre o que ele me traz. O básico de qualquer relação é o respeito, portanto, respeitar o que as pessoas trazem como verdade é nosso dever. Cada um de nós tem o direito de pensar ou falar o que quiser, mas é importante lembrar que o meu direito termina quando começa o do outro. Se todos tivéssemos a capacidade de ouvir, acolher e respeitar, tantas discussões seriam extintas das nossas relações.

Aí vão algumas dicas que dei em um dos episódios do meu podcast Essa Tal Terapia:

- Não é fácil, mas o exercício de escutar o que o outro está dizendo ajuda muito a ter uma conversa saudável. Nós aprendemos a falar e responder (reagir) com o que vem na cabeça. Mas, às vezes, nem é isso que a pessoa quer de nós, muitas vezes não queremos opinião de ninguém para nossas questões, não é mesmo? Permita-se ouvir e acolha. Se a pessoa quiser uma solução, um conselho ou opinião, ela vai pedir.

- Use o refrão: “Conversar não é uma disputa”. Não precisamos entrar em um diálogo para ganhar uma maratona, não existe verdade absoluta, não precisamos ser o primeiro na linha de chegada para receber uma recompensa. O melhor prêmio para uma boa conversa é um final confortável para todos os envolvidos.

- Não aponte erros ou encontre culpados. Falar sobre você, seus sentimentos e emoções é muito mais eficaz. Quando falamos sobre nós tiramos do outro qualquer reação negativa sobre o que verbalizamos. Diga como se sente com relação a determinados assuntos, apresente suas soluções. Desarme-se de qualquer pedra que queira jogar no outro e arme-se com a sua verdade.

Escrito por
Ana Carolina Sofiati
Ana Carolina Sofiati

Ana Carolina Solfiati é formada em Serviço Social. Especializada em gestão de projetos sociais e produtora de conteúdo para redes sociais. Com desejo de fazer o bem a mais pessoas, atua diretamente no projeto "Essa tal terapia" que leva esclarecimentos básicos sobre psicologia e autoconhecimento.

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