São Maximiliano Kolbe era uma pessoa fiel à tradição e aberta às inspirações do Espírito Santo. A Milícia da Imaculada, para São Maximiliano, era o frescor, a juventude, a atualização da missão da Igreja. Ele estava firme nas raízes da espiritualidade franciscana, nos ensinamentos da Igreja Católica, na cultura religiosa polonesa e na longa tradição sobre a Virgem Maria, e sentia as novidades do Espírito que arejavam a vida. Não era um nostálgico do passado, mas alguém que deixou sua contribuição, que não quebrou a corrente da tradição dando continuidade a toda essa riqueza. Acho bonito pensar que o franciscano Beato João Duns Scotus, a partir de um caminho do século XIII, “conquistou” o Dogma da Imaculada Conceição para a Igreja, reconhecido em 1854. São Maximiliano Kolbe, franciscano, a partir da intuição mística sobre a Imaculada Conceição, nos propôs a missão de por meio da Imaculada conquistar o mundo a Cristo. São Maximiliano não construiu um museu da Imaculada ou um monumento a Duns Scotus, mas, a partir desta riqueza que ele recebeu, construiu uma cidade, um modelo de imprensa e uma visão missionária, tudo inovado e voltado à mesma Imaculada. Preste atenção nesta visão de São Maximiliano que serve para nós e merece ser relida no atual contexto da cultura virtual: “A consagração à Imaculada consiste no fato de ser da Imaculada totalmente e sob qualquer aspecto” (Escrito de São Maximiliano Kolbe, 605).
Da mesma forma que o discípulo amado recebeu Maria em sua casa (Jo 19,26-27), Kolbe propõe receber Maria em todos os aspectos da vida. Como podemos levar Maria para nossa casa, para nossas famílias, para nossa vida profissional e até mesmo para nossos momentos de doenças e dificuldades? Ter Maria em nossas vidas comporta uma vida em sintonia com a vida de Maria que foi uma grande peregrinação de fé. Como dizia São Maximiliano: “Que possamos pertencer a Ela, aprofundar a nossa consagração ilimitada a Ela, estreitar o vínculo de amor com Ela, tornar-se Ela mesma para que Ela possa agir através de nós e nas nossas almas” (EK 991).
A nossa pertença não é vínculo de escravidão ou de anulação de si, mas deve se caracterizar pelo amor e pela liberdade. Somos de Maria de maneira livre e com muito amor para que possamos dedicar toda nossa vida a Deus, para que nos livremos das paixões desse mundo e possamos nos sentir interiormente livres para a graça de Deus. O centro da vida de Maria era Jesus e nós, num ambiente dispersivo de muitas conexões pelos meios de comunicação, conseguimos centrar em Jesus a nossa vida? Eis o segredo da felicidade. Maria o encontrou, se tornou a cheia de graça, e com Ela queremos também que nossa vida seja plena de Deus. São Maximiliano deixou uma grande janela aberta para falar sobre a pertença à Maria. Ele cita que devemos ser servos, filhos, escravos, coisa e propriedade, mas reconhece que estas são figuras limitadas para expressar o que seja “pertencer à Imaculada sob qualquer denominação que o amor a Ela pensou ou será capaz, em qualquer tempo, de pensar”. O nosso tempo é o agora, Kolbe deu sua preciosa contribuição e, neste mundo de conexões e relações, você é chamado a dar uma nova forma para expressar, com palavras e a vida, o que é “ser de Maria sem alguma restrição, irrevogavelmente, para sempre”. Leia MaisA proximidade de Maria e a Santíssima TrindadeCoroa das Sete Dores de Nossa SenhoraNovena a Nossa Senhora da Rosa Mística Com Maria começamos uma nova história
Reflexão para as pessoas consagradas a Nossa Senhora
Virgem Imaculada! Minha mãe Maria! Eu renovo, hoje e sempre, a consagração de todo o meu ser, para que disponhais de mim para o bem de todos. Somente peço que eu possa, minha rainha e mãe da Igreja, cooperar fielmente com a vossa missão de construir o reino do vosso Filho Jesus no mundo. Para isso, vos ofereço minhas orações, sacrifícios e ações.
Para que seguindo os passos de São Maximiliano Kolbe, nos deixemos guiar pela Imaculada, e, com ele, possamos dar ao mundo as cores da confiança, da força interior e do alegre abandono.
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós e por todos quantos não recorrem a vós, especialmente pelos inimigos da santa Igreja e por todos quantos são a vós recomendados. Amém.
PALAVRA DE DEUS
“Eu sou o bom pastor. O bom pastor expõe a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, porém, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, quando vê que o lobo vem vindo, abandona as ovelhas e foge; o lobo rouba e dispersa as ovelhas”. (Jo 10,11-12)
Se nós somos da Imaculada, então tudo o que é nosso pertence também a Ela e Jesus aceita tudo o que vem de nós como se procedesse dela, como pertencente a Ela... uma alma consagrada à Imaculada deve seguir com toda liberdade a inspiração do coração e aproximar-se com muita coragem seja do tabernáculo, seja da cruz, seja da Santíssima Trindade, já que ela não se aproxima sozinha, mas junto com a Mãe celestial, a Imaculada. (Escrito de São Maximiliano Kolbe, 1301)
Na Imaculada Conceição, São Maximiliano encontrou a força criadora do amor que se entrega sem reservas. Dela aprendeu a dizer sim ao projeto de Deus, aceitou a Palavra com Ela e a gerou em sua vida diária. Por amor a Ela, Mãe do Bom Pastor, não teve medo de dar a vida no momento de provação para salvar uma de suas ovelhas. Como Frei Kolbe, nós, mílites, devemos pertencer a Ela e com Ela conduzir as almas a Cristo. Kolbe nos ensina que o amor se traduz em escolhas que favorecem a vida, mas implicam sacrifício. Tentamos todos os dias decidir pelo bem, mesmo que essa decisão envolva sofrimento. Decidamo-nos confiando na Imaculada e, em seguida, os pequenos esforços se somarão para a salvação. Nós não esperamos a oportunidade de fazer um gesto heroico, assumimos heroicamente os desafios da vida cotidiana de mãos dadas com a Imaculada, assim daremos a Deus a maior glória possível.
Photo: Projeto Kolbe/maggio 2023 - Polonia
Fonte: O Milite - 379
O testemunho da fé de São Maximiliano Maria Kolbe
A Igreja celebra neste dia 14 a memória do santo fundador da Mi, São Maximiliano Maria Kolbe. Ele deu a própria vida para salvar a de um pai de família em um campo de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial. Porém, a atitude de padroeiro dos nossos difíceis tempos está além de seu amor pelo próximo. Acesse e venha meditar com a gente!
Quem é São Maximiliano Kolbe?
Em breves palavras, conheça onde nasceu e viveu o primeiro mártir da caridade, chamado de um patrono dos nossos difíceis tempos, por São João Paulo II.
Apaixonante vida e espiritualidade de São Maximiliano
Pela primeira vez todos os escritos de São Maximiliano Kolbe estão sendo publicados no Brasil. No livro é possível entender a relação do frade com a Imaculada e toda a espiritualidade mariana que ele usou para fundar a Milícia da Imaculada, além de manter vivo o sonho de conquistar o mundo inteiro a Cristo, por meio de Nossa Senhora. Acesse!
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