Por MI Em Colunista Atualizada em 18 AGO 2021 - 15H56

Maria e a Vocação

Marisa Banegas, missionária da Imaculada-Padre Kolbe, conta como foi a descoberta de sua vocação e o papel de Maria no caminho de sua consagração a Deus





Por Marisa Banegas, Missionária da Imaculada-Padre Kolbe

A minha vocação nasceu a partir do chamado ao profeta Jeremias, uma pessoa jovem, como eu e das palavras que narra a Bíblia onde diz: “Antes de te modelar no ventre materno, eu te conheci, antes que saísses do seio materno, eu te consagrei” (Jr 1,4-10). Não quis ouvir essas palavras num primeiro momento, porque não queria. Desejava terminar meus estudos, ser profissional, ganhar meu próprio dinheiro, não queria perder o tempo. Por isso, estudei para ser uma professora de religião, ao mesmo tempo em que frequentava o Ensino Médio.

Indo ao grupo de jovens da Milícia da Imaculada da Bolívia, convidada pelo meu primo, conheci as Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe que conduziam o grupo, e elas me fizeram a proposta da consagração à Imaculada que tocou meu coração. Foi como uma campainha no meu coração e aceitei a proposta de me preparar e fazer a consagração a Nossa Senhora.

Continuei a entregar tudo o que era meu serviço dentro de casa para Nossa Senhora. Já não ficava pensando: “Ai, tenho que limpar a casa de novo, cozinhar de novo, comprar o pão de novo”. Tudo era oferecido e colocado nas mãos da Imaculada, porque com a consagração nada se perde.

Estava tudo indo bem e bonito, tudo na paz, e um dia a missionária Aurora me fez a proposta de participar da missão que elas faziam no interior, longe da minha cidade que se chama Montero e fica na região de Santa Cruz de la Sierra. Como não tinha compromissos, aceitei a proposta de sair para ir em missão em dezembro de 1995.

Fomos com o grupo de jovens em um lugar chamado Espejito (diminutivo de espelho). Lá não tinha capela, não tinha Missa, não tinha nada. Um sacerdote passava por lá sempre no Natal. Havia só um catequista que tinha uma Bíblia bem usada, gasta, amarela de tanto folhear, e as pessoas estavam felizes pela nossa presença. Desejavam o Batismo, pediam mais visitas das “Madrecitas”, como chamam as missionárias e as irmãs na Bolívia, estavam sedentos de Deus. Via-se uma necessidade de Deus bem grande!Leia MaisConsagração a Nossa Senhora cabe nos desejos da juventude?Marcas da geração de KolbeSonho de Deus e da juventudeBrilhe a vossa luz!Na linha de frenteNinguém pode preencher meu coração como Deus

Nos últimos dias da missão, subimos a um morro alto. De lá se via um panorama belíssimo da natureza. Era uma manhã linda! Ali, senti a voz de Deus, com as palavras do profeta Jeremias, e aí lembrei da minha entrega a Nossa Senhora. Nesse lugar, tinha um vento suave, uma brisa fresca e leve, e sentia-me feliz, em paz.

Terminada a missão, a proposta das missionárias era fazer a experiência para discernir a minha vocação.

No dia 11 de fevereiro de 1996, no meio da chuva de uma manhã de domingo, ingressei para fazer a experiência com as Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe e, com a Virgem Maria, sigo meu caminho até hoje.

Atualmente vivo na comunidade das missionárias em Campo Grande - MS e sou feliz com minhas irmãs, os amigos e o pessoal da Rádio e da TV Imaculada.

Saiba mais sobre a consagração pessoal a Nossa Senhora e a consagração no Instituto das Missionárias.

Para acessar os demais artigos da revista Jovem Mílite de junho, clique aqui.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por MI, em Colunista

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.