Gabriel Queiroz, 25 anos formado em Rádio e TV pela Universidade Metodista de São Paulo. Coordenador de produção de vinhetas e chamadas na Rádio Imaculada, é ator apaixonado pelo teatro. Confira a entrevista na íntegra:
Meu pai era mílite (nome dado a quem colabora com a MI) antes de eu nascer. Em casa sempre recebemos a revista O Mílite. Sempre via o Frei Sebastião nas fotos e achava que ele era super famoso, bem distante, mas na realidade era uma pessoa bem próxima. Fiz faculdade de rádio e TV, e meu pai conhecia uma pessoa amiga de outra pessoa que trabalhava na Rádio Imaculada e levou meu currículo. Eu achava que era muito difícil entrar aqui, mas depois de seis meses me chamaram e estou até hoje.
O dia a dia da Rádio Imaculada é de muito trabalho, mas a alegria anima nosso trabalho. Definiria nosso cotidiano como hilário. Tem sempre um bom humor na equipe e brincamos muito. Estamos numa situação como que de esponja, absorvemos muita coisa. Trabalhamos com informação e notícias, e esse ano foi bem pesado. Trabalhamos também com a evangelização e as pessoas depositam em nosso veículo seus pedidos de oração em que pedem, por exemplo, curas e graças relatando as mais diversas situações complicadas. Lembro-me de retiros espirituais em que havia equipes de intercessão, sempre tinha uma oração de retaliação porque quem intercede sempre absorve algo. As pessoas confiam na Rádio Imaculada como um instrumento de Deus, que ela realmente é. Aliás, essa missão é muito séria. Acho que quando as coisas ficam pesadas a melhor coisa é a leveza. No nosso dia a dia evangelizamos com o sorriso, com a risada, com o bom humor, porque essa é a melhor forma de fazer com amor e sem cansaço. Para funcionarmos todos unidos como um corpo temos a energia da alegria.
O radialista é quem faz a rádio acontecer. É quem cuida de tudo para que as coisas sejam colocadas no ar. Quando você ouve uma entrevista, tenha certeza de que alguém ligou para o convidado, marcou o dia e a hora, elaborou as perguntas e, acontece também, se faltou um entrevistado tem que correr atrás de outro. Pesquisamos os assuntos, elaboramos roteiros de programas, selecionamos músicas e trilhas, orientamos locutores e direcionamos os operadores de áudio e sonoplastas. O jornalista faz quase tudo na rádio, faz a máquina rodar. Um radialista faz tudo o que for necessário para que a comunicação aconteça.
Sinto-me privilegiado de ter começado minha vida profissional na Milícia da Imaculada. Sempre tive espaço para trazer ideias novas, para sugerir coisas, para propor mudanças, para experimentar e até mesmo para errar. É muito bom para um profissional ver as ideias se tornando concretas, e ir tateando, vendo pouco a pouco, o que mais o ouvinte mais gosta. Muito do que eu sou como profissional devo à Milícia da Imaculada. Sinto-me honrado de fazer parte dessa família que evangeliza e comunica com muita alegria.
O teatro me proporciona muito. Por meio dos espetáculos em que participo tenho a ocasião de ter muitas experiências, de ler muita coisa, de ter repertório. Quando tem alguma matéria especial ou documentário no rádio, às vezes, meus colegas pedem para que eu finalize o texto para dar no rádio os tons de emoção que temos no teatro. Eu trago muito disso para meu trabalho quando faço um roteiro, uma vinheta, ou quando edito um vídeo, o mundo do teatro me ajuda muito. São universos diferentes, mas que se complementam muito. Muitas coisas que vivo na rádio são reflexo de coisas que vi e vivi no teatro. Muitas coisas, por exemplo, eu pego como repertório dos musicais de que participo. Eu, como ator, e todo o pessoal estamos usando bem os talentos que temos e usando isso como qualidades dentro do nosso trabalho.
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