Formação

Por que obedece a Jesus quem acolhe Maria como mãe?

Padre José Alem explica o que é de fato a paternidade ou maternidade espiritual e por que obedece a Jesus quem acolhe Maria como mãe.

Escrito por Espiritualidade

24 ABR 2020 - 00H00 (Atualizada em 17 AGO 2021 - 14H00)

Por Padre José Alem, Missionário Claretiano

O Evangelho de João diz que o Discípulo Amado acolheu Maria como mãe. Acolheu como o tesouro e o testamento vivo deixado por Jesus, condição fundamental para se viver como discípulo. O discípulo amado reconheceu Maria como mãe. Na tradição bíblica, a “paternidade” ou a “maternidade espiritual” implicava, entre outras coisas, em exemplaridade. Um pai ou uma mãe espiritual eram “modelos de vida” propostos como expressão máxima do amor. Por isso, Jesus disse aos judeus: “Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão” (Jo 8,39). Também Paulo, que se sentia pai espiritual daqueles que tinha gerado para a fé mediante a pregação do Evangelho, se lhes apresenta como modelo ao dizer: “Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo” (1 Cor 4,15-16).

Maria é “mãe do Discípulo”, e também “modelo do discípulo amado”. Por isso, Jesus, agonizante na cruz, apresenta o discípulo amado como seu filho. Não se trata de ser como se fosse seu filho, mas é de fato seu filho. Todo verdadeiro discípulo, no caminho da fé, conta com a presença materna e exemplar de Maria. A figura do discípulo tem também um caráter simbólico e representativo e faz com que Maria influa misteriosamente sobre o discipulado de todos os que aceitam ser discípulos de Seu Filho. Ela é para todos o exemplo do discípulo, sendo Ela Sua Mãe.

“Como viver Maria? Como perfumar a minha vida com o seu encanto? Fazendo calar em mim a criatura e deixando falar neste silêncio o Espírito do Senhor. Assim vivo Maria e vivo Jesus. Vivo Jesus em Maria. Vivo Jesus vivendo Maria” Chiara Lubich

No Evangelho de Lucas, Maria aparece como o modelo da mulher que crê, modelo do discípulo de seu Filho Jesus. No Evangelho de João, Ela é apresentada como discípula e a mãe do Senhor, a “mulher”, a nova humanidade na sua expressão original tal qual saiu das mãos de Deus, sem mancha, sem pecado.

O Novo Testamento apresenta Maria como uma mulher coerente, que se pôs a serviço do Senhor com toda a sua vida e por toda a sua vida. Foi a mulher que escutou a Palavra, a meditou em silêncio e na escuridão da vida. Superou as tentações da incredulidade, colocou-se incondicionalmente a serviço do plano de seu Filho. Foi perfeita discípula de Jesus mesmo quando não o seguia fisicamente por todos os lugares por onde andava. Maria seguiu seu Filho, sobretudo, no seu coração.

Leia MaisO que é mistério?O pobre que nos enriquece Maria, mulher de féMaria, discípula de JesusMãe do discípulo amadoCaminho é Jesus| Medalha milagrosaMaria como “aquela que acreditou”, “a discípula”, “a seguidora” de Jesus, é presença fundamental da experiência das primeiras comunidades cristãs. Ela é modelo da “bem-aventurada”. Tudo o que Jesus falou e propôs como modelo e condição para segui-lo se encontra acolhido e vivido por Maria. Por isso, Maria é família de Jesus por ser Sua Mãe e participa como Mãe da família que Jesus construiu com aqueles que o seguem, a Igreja.

Quem queira seguir Jesus sendo seu discípulo entenderá o papel fundamental de Maria Sua Mãe dada a nós como Mãe para que possa assumir essa vida nova em Cristo.

“Como viver Maria? Como perfumar a minha vida com o seu encanto? Fazendo calar em mim a criatura e deixando falar neste silêncio o Espírito do Senhor. Assim vivo Maria e vivo Jesus. Vivo Jesus em Maria. Vivo Jesus vivendo Maria” (Chiara Lubich, Meditações. Editora Cidade Nova, 2000).

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